Moradores registraram presença de veículo blindado na comunidade na última semanaReprodução

Rio - Após seis dias de ocupação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, agentes do 7º BPM (São Gonçalo), com apoio de equipes da Prefeitura, realizaram uma ação de retirada de barricadas da comunidade nesta segunda-feira (20).

A ação, que ocorre desde a última quarta-feira (14), está sendo cercada de diversas denúncias por parte dos moradores, que alegam que os policiais tem invadidos residências sem mandado, destruindo objetos pessoais e até mesmo fazendo churrascos no terraço de uma mercearia. No entanto, a Polícia Militar nega as acusações e diz que não compactua com excessos ou eventuais desvios de conduta praticados por seus integrantes

Segundo a Secretaria de Educação de São Gonçalo, cerca de 7 escolas municipais da região estão sem aulas durante o período da ocupação, por conta dos diversos confrontos que tem acontecido, são elas: Umei Professora Natalina Muniz de Oliveira, Escola Municipal William Antunes de Souza, Escola Estadual Municipalizada Professora Niuma Goulart Brandão, Escola Estadual Municipalizada Salgado Filho, Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, Escola Municipal Marinheiro Marcilio Dias e Escola Municipal João Aires Saldanha.

As unidades de saúde Albert Sabin, Neuza Goulart Brizola, Palmeiras II, Carlos Chagas, Leôncio Correia e CSU-Salgueiro também interromperam os atendimentos e permanecem fechadas nesta segunda, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do município.

A Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), utilizou as redes sociais para se posicionar contra a operação, que diz ser ilegal. Em uma das publicações, a entidade também aborda o fechamento de escolas e unidades de saúde em toda a comunidade após a ocupação, que já vai completar uma semana.

Na tarde deste sábado (18), moradores publicaram um vídeo mostrando o intenso tiroteio que ocorria na região até mesmo durante o final de semana. Muitos dizem que não estão conseguindo sair da comunidade para trabalhar por conta da tensão que toma conta da região.

Veja o vídeo:

A Faferj ainda afirmou que denunciou diversas ações da Polícia Militar na comunidade ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), pedindo o fim da ocupação na localidade. Segundo eles, houve muitas violações não só de residências, mas também de comércios. Em um vídeo, é possível ver agentes fardados saindo de dentro de um blindado e entrando na casa de moradores.

Veja o vídeo da entrada de agentes em residências de moradores: