Geral - Vacinaçao contra Covid-19, na Clinica da Familia Estacio de Sa, no Rio Comprido, zona norte do Rio. Na foto, Rosiclaide Oliveira.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - A cidade do Rio começou na manhã desta terça-feira (21) a vacinar a população de 40 anos ou mais, além dos trabalhadores da área da saúde com 18 anos ou mais com a segunda dose de reforço contra a covid-19. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, 80% dos internados não completaram o esquema vacinal contra o novo coronavírus. 
Prado disse que a população precisa entender que as doses de reforço fazem parte do calendário vacinal. "Não é uma questão de opção. Elas precisam ser tomadas para garantir a imunização das pessoas. Hoje, na cidade, temos 1.885.590 pessoas que não tomaram nem a primeira dose de reforço da vacina. Dos internados no município, 80% têm atraso na primeira ou na segunda dose da vacina", afirmou o secretário, que esteve na clínica da família Estácio de Sá, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio.

Segundo Prado, o inverno é uma estação mais propícia ao aumento de casos. Por isso, é fundamental que as pessoas se vacinem.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta que é preciso um intervalo de pelo menos quatro meses após a aplicação da primeira dose de reforço da vacina.
'Espero que as pessoas se conscientizem e venham se vacinar'
O vigilante Rogério Ferreira da Silva, de 48 anos, disse que contraiu a doença e precisou ser internado. "Essa doença é horrível. Tive covid logo no início da pandemia e fiquei 22 dias internado no Hospital Quinta D'or. Foi terrível, mesmo. Se vacinar é proteção pra gente e pra todos ao nosso redor. Espero que as pessoas se conscientizem disso e venham se vacinar".
A técnica de enfermagem Roseclaide de Oliveira, de 43 anos, também contou que teve covid-19 duas vezes e por isso é uma grande defensora da imunização. "Na primeira, fiquei bem chumbada, mas graças a Deus não precisei internar. Foi logo no início da pandemia e não tinha vacina, ainda. A segunda vez foi agora em fevereiro e tirei de letra, sintomas leves, tranquilo. E graças à vacina. Tomei todas as minhas doses e sou defensora da importância de se vacinar".
A diarista Magnólia Gomes da Silva, de 42 anos, chegou cedo ao posto. Ela contou que teve Covid-19 e apresentou sintomas leves. “Acredito que tenha sido por causa da vacina, né? Eu não brinco com isso, não. Acompanho o noticiário bonitinho e estou eu aqui, de novo, pra tomar minha dose de reforço.”

Elaine de Paula, de 49 anos, que trabalha como empregada doméstica, também fica ligada nas informações sobre a vacinação. “Tomei todas as minhas doses e se precisar, venho, de novo. Me cuido e falo com orgulho: não tive Covid-19 nenhuma vez. Que assim continue”, diz ela.
Em vários postos de saúde da cidade, a procura foi grande ao longo do dia. No Centro Municipal de Saúde Jorge Saldanha Bandeira de Mello, no Tanque, Zona Oeste do Rio, o movimento foi intenso, também, com longas filas.
Segundo a prefeitura, o município está abastecido com vacinas de todos os fabricantes atualmente disponíveis no país. Quem estiver com a imunização atrasada deve procurar um posto para regularizar o esquema vacinal o quanto antes.
E, de acordo com a nova orientação do Ministério da Saúde, a secretaria municipal de Saúde anunciou novas diretrizes para quem recebeu a primeira dose com o imunizante da Janssen. Para estar como esquema completo, quem tem de 18 a 39 anos precisa tomar duas doses de reforço. Quem tem 40 anos ou mais precisa tomar três doses de reforço, totalizando quatro. O intervalo deve ser de dois meses entre a dose inicial e o primeiro reforço e quatro meses entre os reforços seguintes. O fabricante pode ser Pfizer, Astrazeneca ou Janssen.