Embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animaisReprodução/Agência Brasil

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou nesta terça-feira (21) que descartou 13 casos suspeitos de varíola dos macacos no Rio de Janeiro de 19 notificações, sendo 16 deles por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da SES (CIEVS-RJ) e três diretamente ao Ministério da Saúde. Até o momento, dois casos foram confirmados (um paciente residente em Maricá e outro de Londres que chegou ao Rio), e outros quatro estão em análise.
Ainda segundo a SES, o CIEVS-RJ notifica os casos por município de residência dos pacientes. O caso do paciente que mora em Londres foi investigado pelo município do Rio de Janeiro. Os quatro casos em investigação são dos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí, Nova Iguaçu e Saquarema.
O paciente de Maricá, que não teve a identidade revelada, não viajou ao exterior, mas teve contato com estrangeiros, informou o Ministério da Saúde. Ele apresenta quadro clínico estável e está sendo monitorado pelo Instituto Nacional de Infectologia e pelas secretarias de Saúde estadual e municipal.
Doença e sintomas
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo, íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções e mucos da pessoa infectada.
Os sintomas iniciais costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em geral, entre 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
A varíola dos macacos era uma doença considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, mas nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, especialmente na Europa, que já responde por 84% dos casos notificados, segundo a OMS.