Rio - A Polícia Civil negocia a continuidade do Alerta Pri, que foi interrompido na quinta-feira (23). Em nota, a corporação explicou que o convênio da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) com as empresas de telefonia fazia parte de um projeto piloto com período de testes. Por causa da efetividade da ferramenta, as negociações acontecem para a continuidade do serviço.
Criado pela lei nº 9.182/ 2021, o Alerta Pri dispara mensagens via SMS nas primeiras 24 horas com informações de crianças e de adolescentes que desapareceram no Rio. O serviço tem o objetivo de facilitar as buscas e aumentar as chances de localização.
O nome é em homenagem à Priscilla Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, desaparecida em 2004, após sair para almoçar no Centro do Rio. Autor da lei, o deputado Alexandre Knoploch (PSC) conta que desenvolveu o projeto de lei após ver o desamparo das famílias com membros que desapareceram.
"Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Crianças Desaparecidas me deparei com a realidade social das famílias que não tinham nenhum tipo de assistência para encontrar seus entes queridos. O Alerta Pri é fundamental para que crianças e adolescentes desaparecidos sejam encontrados. Durante o período em funcionamento o serviço enviou mensagens de 30 crianças desaparecidas e 27 foram encontradas", apontou o deputrado.
O Rio é o primeiro estado do país a contar com esse tipo de tecnologia.
O serviço
O Alerta Pri dispara SMS com informações como nome da criança ou adolescente, idade e link para o site da Polícia Civil. Toda vez que uma criança desaparecer no Estado e o registro for feito em uma distrital ou especializada, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) emitia um informe às operadoras de telefonia. Assim o alerta era enviado para os números de celulares do Rio.
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