Mulher assassinada em boate, nesta quinta feira (30), na foto Monique Costa (irmã da vitima).Marcos Porto/Agencia O Dia

Rio - A irmã de Suelen da Silva, de 34 anos, morta a tiros na madrugada desta quinta-feira em frente à boate em que trabalhava como gerente no bairro Rancho Novo, em Nova Iguaçu, na Baixada, acredita que o crime tenha sido premeditado. Monique Costa relatou que pelo menos seis homens encapuzados e de bonés desceram de um carro e invadiram o estabelecimento à procura de sua irmã.
"Fui até lá e vi o corpo da minha irmã no chão, cheio de tiro. Ela estava dentro do local, os criminosos chegaram, bateram em outras pessoas e pediram somente a gerente. Nesse momento, ela tentou fugir, mas não conseguiu. Eles a colocaram para fora e a executaram na porta da Rainha do Cabaré. Esse foi o local onde ela foi assassinada brutalmente. Deram seis tiros só na cara dela", disse a cozinheira, que esteve nesta manhã no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu para reconhecer e liberar o corpo.
A irmã da vítima disse que em momento algum Suelen falava em ser ameaçada, mas que ao chegar na boate recebeu algumas informações de que ela teria tido atritos com pessoas no local. 
"Eu, particularmente, não sei nada sobre esse assunto de ameaças, porque ela não passava para a família. Fiquei sabendo que atritos e desavenças aconteceram lá dentro. São essas pessoas que precisam ser convidadas para prestar depoimentos. Elas precisam estar aqui para saber o que aconteceu. Outras amigas dela estavam na hora. Eles apontaram a arma na cara delas e perguntaram se elas queriam tomar [tiro] também. O alvo realmente era ela, porque tinha mais gente lá. Os homens já chegaram invadindo, dando tapa na cara do porteiro e falaram: 'Eu quero a gerente. Bota ela pra fora'. Eles até tentaram simular um assalto, mas não foi um assalto, foi uma execução. Eles foram para executar a Suelen", contou.
Muito abalada e procurando entender o que aconteceu, Monique pedia a todo momento por justiça. "Espero que isso não fique impune. Prometi para ela que iria até o inferno para descobrir quem foi, e que a polícia corra atrás para não deixar ser mais uma na estatística. Muitas mães choram nesse momento. Quantas famílias precisam de ajuda e está todo mundo abandonado. Esse país está abandonado. Estou com meu pai com câncer, que está em casa sofrendo... Daqui a pouco vai ser mais um óbito. Peço ajuda de todo mundo. Quem viu, quem sabe o que aconteceu, nos ajude a botar esses infelizes na cadeia. A Suelen tinha uma vida pela frente e foi assassinada brutalmente. Deram seis tiros só na cara, isso é desnecessário. Sou irmã e estou muito revoltada. Não vou sair dessa vida sem que a justiça seja feita", declarou.
Ela reclamou que não recebeu nenhum contato do estabelecimento em que Suelen trabalhava. "Nem os pêsames deram. Mas eu quero todos os direitos legais da minha irmã, do tempo em que ela ficou lá, eu quero tudo. As meninas que trabalham lá e que viram tudo, eu quero saber o que aconteceu. Tinha muita gente. Não é possível que ninguém tenha visto nada. Todos têm que falar, todos irão falar, porque eu vou até o fim. Não vou desistir".
Monique descreveu a irmã como "tranquila. A tia que todas as sobrinhas gostavam. Trabalhadora, não devia nada para ninguém". E completou: "O que aconteceu foi uma covardia, seis safados que deveriam estar mortos ou presos. A Justiça do nosso país não está servindo para nada. A vagabundagem continua matando, continua tirando filhos de suas mães, irmãos de irmãos. Mataram a minha irmã caçula e não vai ficar assim", afirmou.
O resumo da ocorrência da Polícia Militar consta que Suelen tinha tiros "aparentemente na cabeça e no tórax". Em nota, a corporação disse que uma equipe do 20º BPM (Mesquita) foi até o local e encontraram a mulher já sem vida. Os bombeiros foram acionados às 3h28 para fazer a remoção do corpo.
A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) periciou o local. A especializada disse que diligências estão sendo realizadas para identificar a autoria e esclarecer a motivação do crime.
Ainda não há informações sobre o local e horário do sepultamento de Suelen.
 Cartaz pede informações sobre criminosos
O Portal dos Procurados divulgou, nesta quinta-feira, um cartaz para ajudar nas investigações da DHBF a fim de obter informações que levem à identificação e prisão dos envolvidos na morte de Suelen.
O Disque Denúncia recebe informações sobre a identificação dos envolvidos nos seguintes canais de atendimento:

Whatsapp do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099
(21) 2253 1177 ou 0300-253-1177
APP "Disque Denúncia RJ"
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