Carlos Daniel foi morto a tiros quando passava pela Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle, em Niterói Reprodução

Rio - Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo prenderam, na manhã desta quinta-feira (7), o segundo suspeito de assassinar a tiros o advogado Carlos Daniel Dias André, de 41 anos, na frente do filho da vítima, em Niterói, na Região Metropolitana. 
Isaquiel Geovanio Fraga foi preso em uma residência no município de Barra Mansa. A polícia acredita que ele se escondia no local para fugir para outro estado. A cidade faz fronteira com São Paulo e ainda é perto de Minas Gerais. Com ele, os agentes apreenderam uma réplica de arma de fogo. 

De acordo com a Polícia Civil, acredita-se que Isaquiel pilotava a moto enquanto o atirador alvejava o carro blindado do advogado, no Cafubá. O filho da vítima estava no banco do carona, mas sobreviveu ao ataque ao pai, que conduzia o veículo. 

Em junho, Rodrigo Coutinho Palome, apontado como autor dos disparos, também foi preso. Na ocasião, Rodrigo teria mentido a identidade do comparsa, mas a investigação apontou Isaquiel como coautor do homicídio. Um homem, que foi detido junto com Rodrigo, ainda permanece sob custódia por possível envolvimento na morte de Carlos Daniel, que teria sido planejada por meses. 

Antes de Barra Mansa, Isaquiel se escondeu no Rio e em Parati. O suspeito já tinha passagem por assassinato e cumpriu pena na mesma prisão que Rodrigo Coutinho Palome. Rodrigo deixou a penitenciária nove meses antes do ataque ao advogado. Agora, os policiais procuram os mandantes do crime. 

No dia 31 de maio, Carlos foi surpreendido por um homem que desembarcou da garupa de uma moto quando estava em um sinal de trânsito. A perícia concluiu que os disparos foram feitos pela janela do carona, que estava aberta, com o filho da vítima sentado no banco. O automóvel ainda andou após o ataque e bateu em outro veículo à frente. 
Antes de ser advogado, Carlos Daniel foi ex-policial civil, sendo expulso da corporação em 2011, ao ser preso pela Polícia Federal quando transportando traficantes em fuga durante a implantação da UPP da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Carlos saiu da prisão depois de seis meses e concluiu o curso de Direito, iniciado no período da cadeia. Criminalista, ele atuou na defesa da filha do cantor Belo, de policiais, além de acusados de ligação com o jogo do bicho.