RJ - Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-RJ) conduziram o rapper Filipe Ret, de Angra dos Reis, Costa Verde do estado, até a sede a especializada, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira (19).Vanessa Ataliba/Agência O Dia

Rio - Após ser alvo de uma investigação de agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-RJ), na manhã desta terça-feira (19), em Angra dos Reis, o rapper Filipe Ret deixou a Cidade da Polícia à tarde após assinar termo circunstanciado por ser autuado por posse de maconha para uso pessoal - ele vai responder em liberdade. Os mandados de busca e apreensão foram executados em endereços ligados ao cantor: um estúdio, na casa de seus pais e de uma pessoa próxima. A polícia não divulgou a quantidade de droga encontrada.
Drogas e material para confecção de "baseados" encontrados com o cantor e em seu apartamento, no Flamengo - Vanessa Ataliba / Agência O DIA
Drogas e material para confecção de "baseados" encontrados com o cantor e em seu apartamento, no FlamengoVanessa Ataliba / Agência O DIA
Ao chegar à Cidade da Polícia, Ret desconversou falando a repórteres sobre sua agenda de shows e sobre o lançamento de um single. Ele nada disse sobre a investigação.
De acordo com delegado Marcus Amim, titular da DRE, Filipe se reservou ao direito de permanecer em silêncio durante todo o depoimento. Na sequência, assinou um termo circunstanciado e foi liberado. O artista foi autuado por porte de drogas por ser flagrado com substâncias ilícitas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Um dos endereços que receberam a visita dos policiais civis foi a casa dele, em um prédio no Flamengo. O apartamento teve de ser aberto por um chaveiro, pois estava vazio. Na residência, a equipe apreendeu maconha e material para enrolar cigarros.
O cantor estava hospedado em um resort em Angra dos Reis, Costa Verde do estado, quando os policiais chegaram. No quarto havia maconha e papel de seda para a confecção dos cigarros.
O inquérito foi instaurado para investigar o rapper pelo crime de tráfico de drogas quando as imagens da festa viralizaram no Instagram. O crime de tráfico de drogas está previsto no artigo 33 da Lei 11.343 de 2006, que descreve diversas condutas que caracterizam o ilícito, proibindo qualquer tipo de venda, compra, produção, armazenamento, entrega ou fornecimento, mesmo que gratuito, de drogas sem autorização ou em desconformidade com a legislação pertinente.
Um dos mandados, expedido pela juíza Simone de Faria Ferraz, em exercício na 23ª Vara Criminal, determinou que fossem recolhidos equipamentos eletrônicos, como computadores e HDs, do Vivo Rio, casa de show onde ocorreu a festa de aniversário do cantor, dia 23 de junho. Em imagens postadas nas redes sociais pelo próprio artista, ele segura um balde com o que parecem ser cigarros da maconha dentro, prontos para consumo. Por esse fato, a festa foi intitulada como "Open Beck" ou "Maconha Liberada".
Em contato com o DIA, o delegado Amin afirmou que teve dificuldade para obter a filmagem interna da festa já que a administração da casa de show se negou a cedê-las, apesar de reiterados pedidos, sendo necessário o mandado para a coleta dos vídeos. "Essas imagens são de extrema importância para nós. Agora, a partir de todo material arrecadado, daremos prosseguimento às investigações para responsabilizar todos os envolvidos", disse.
Em nota, o Vivo Rio afirma que colaborou e continua colaborando com todo o processo de investigação para este caso. As imagens do circuito interno de segurança da casa de espetáculos foram cedidas assim que foram solicitadas. E reitera a sua integridade e ética diante das informações solicitadas pelas autoridades envolvidas.
Procurada, a assessoria do cantor disse que se posicionará em breve.