Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, foi espancada por dias pela mãe e a madrastaReprodução
Mãe e madrasta que espancaram menina de 6 anos até a morte vão a júri popular
Caso aconteceu em Porto Real, no Sul Fluminense, em abril de 2021; mulheres vão responder por homicídio qualificado por motivo fútil e tortura
Rio - Mãe e madrasta de Ketelen Vitória Oliveira da Rocha vão à júri popular pela morte da menina de 6 anos, espancada e torturada durante dias, em Porto Real, no Sul Fluminense, em abril de 2021. A mãe, Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos, e a madrasta, Brena Luane Nunes, 25, responderão por homicídio qualificado por motivo fútil e tortura. As duas estão presas desde à época do crime.
A juíza Priscila Dickie Oddo, da Vara Única da Comarca de Porto Real – Quatis, designou para o dia 19 de outubro a sessão de julgamento das acusadas. De acordo com as investigações, Ketelen foi agredida durante três dias pelas duas mulheres, na casa onde moravam, no bairro Jardim das Acácias, em Porto Real, município da Região Sul Fluminense, pelo fato de ter bebido leite sem autorização da mãe e da madrasta. Após dias de sessões de tortura, a criança foi levada para o hospital e morreu no dia 24 de abril de 2021.
Segundo denúncia do Ministério Público, entre os dias 16 e 18 de abril, a menina não foi devidamente alimentada, recebeu socos, empurrões, pontapés e sofreu lesões provocadas por um fio de TV, que foi usado como chicote. Além disso, Ketelen Vitória foi jogada de uma altura de sete metros em um matagal.
Ao se darem conta de que a menina já agonizava, mãe e madrasta resolveram chamar o Samu, contando a história de uma possível queda, o que foi desmentido na unidade de saúde, frente à gravidade das diferentes lesões. Ketelen chegou ainda a ser transferida em estado grave para um hospital particular de Resende, mas sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Rosângela Nunes, 50, também está presa abril de 2021. Ela é mãe da madrasta da vítima e responde por omissão, por não ter interferido quando a menina sofreu a violência. Também moradora da casa à época do assassinato, teve o processo desmembrado, por ter recorrido da decisão da juíza de levá-la a júri popular.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.