Suspeita pela morte do próprio filho, Monique terá que manter seu novo endereço em sigiloReprodução/Instagram

Rio - A defesa de Monique Medeiros, presa acusada de envolvimento na morte do filho Henry Borel, de quatro anos, solicitou à 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Comarca da Capital do Rio que a cliente receba tratamento psicológico dentro do presídio. Segundo os advogados dela, Thiago Minagé e Hugo Novais, este pedido foi feito na segunda-feira (18) e não foi motivado pelo seu retorno à prisão. O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) informou que até o momento a petição não foi analisada em juízo.  
A mãe de Henry retornou ao Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por decisão unânime dos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Na ocasião, a ré estava em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, mas o Ministério Público do Rio (MPRJ) foi contra a decisão e recorreu.

Na petição, a defesa pediu uma entrevista semanal com uma psicóloga, "no sentido de realizar tratamento psicológico à requerente, devendo ressaltar que a mencionada profissional já elaborou estudo com os familiares da acusada, sendo certo que poderá contribuir para bom estado de sua saúde mental, a ser realizada na unidade prisional onde a requerente está acautelada".
Monique foi rejeitada em cela por delegada presa
Monique foi colocada na mesma cela que a delegada Adriana Belém, no Presídio Santo Expedito, e, de acordo com as primeiras informações, Belém não teria gostado de ver Monique no mesmo ambiente que ela, e pediu para que a mãe de Henry fosse imediatamente transferida. Em seu pedido, a delegada alegou que a cela em que ela se encontra é classificada como "de estado maior, a qual só faz jus a profissionais de segurança pública".
Procurada pelo DIA, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), informou que "por conta da decisão judicial que determina o retorno de Monique Medeiros para a unidade prisional da SEAP, a mesma foi colocada, temporariamente, na mesma cela da delegada Adriana Belém para a realização de triagem. Após alguns minutos, Monique Medeiros foi realocada em outra cela".
A delegada Adriana Belém está presa por suspeita de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade. Em seu apartamento, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, policiais encontraram cerca de R$ 1,8 milhão em espécie, escondido no quarto do filho. Ela é acusada pelo Ministério Público do Rio de fazer parte de uma rede de apoio ao bicheiro, que teria facilitado a devolução de máquinas caça-níqueis apreendidas em uma casa de jogos clandestina em 2018.