Carro ficou totalmente destruído após a explosão em posto de GNV. Causa do acidente ainda será apurada Vanessa Ataliba / Agência O DIA

Rio - Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma, no início da tarde desta quinta-feira (28), o corpo de Mário Magalhães da Penha, de 67 anos, vítima da explosão de um cilindro de Gás Natural Veicular (GNV) em um posto de combustíveis na Zona Norte do Rio.
O caso aconteceu na tarde de terça-feira (26), quando Mário abastecia seu veículo com GNV em um posto na Rua 24 de maio, em São Francisco Xavier. Pouco antes da explosão, o homem tinha acabado de abrir a mala do carro. Com a pressão da explosão, o homem foi arremessado
O automóvel ficou completamente destruído, assim como a cobertura sobre as bombas de combustível do posto. No entanto, mais ninguém ficou ferido.
Ele já deu entrada em estado gravíssimo no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. O óbito foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nas primeira horas de quarta-feira (27).
A mulher de Mário, identificada como Andreia, que também estava próxima do veículo, ficou ferida, mas, pouco depois da explosão, aparece caminhando, se distanciando do carro. Ela foi socorrida para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e liberada no mesmo dia, segundo a SMS.
De acordo com a 25ª DP (Engenho Novo), a perícia foi realizada no local e testemunhas estão sendo ouvidas. Os agentes analisam imagens de câmeras de segurança. A investigação está em andamento.
Em entrevista ao DIA, o chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnicos Científico (Divet) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Hércules Souza, lamentou o ocorrido e explicou a importância de estar com a revisão do cilindro de GNV em dia. Inicialmente, o especialista afirmou que não há motivos para atribuir carácter negativo para a instalação de gás no veículo.
"Não devemos "demonizar" o sistema de GNV, que já tem muitos anos em vigor no país. Hoje temos uma regulamentação vigente que cobre várias etapas deste processo. Os cilindros têm regulamentação, há um serviço de instalação, inspeção periódica, além disso, após cinco anos de uso o cilindro é requalificado. Ou seja, todo o sistema leva em consideração o perigo que o GNV pode gerar. Se as regras forem devidamente observadas, este motorista vai ter um sistema seguro", diz Hércules.
Para auxiliar os motoristas, o Inmetro disponibiliza em seu site a lista com todas as oficinas e empresas autorizadas a fazerem a manutenção e instalação do equipamento nos veículos. "Além da homologação, a oficina que instala e a empresa que oferece a inspeção são certificadas pelo Inmetro". O chefe da Divet também explica que há outros órgãos que integram esta grande rede de vistorias. São eles: ANP, Detran e Senatran.