Letícia morreu dentro do carro enquanto estava a caminho do trabalho Rede Social

Rio- João Pedro Aspasandin, conhecido como "O ladrão da moto laranja", foi preso na última segunda-feira (24) na Rua Marquês de Pombal, no Centro, sob a acusação de cometer vários roubos, principalmente, contra mulheres, em bairros da Zona Sul e área central da cidade. Na manhã desta sexta-feira (29) duas das vítimas compareceram à 9ª DP (Catete) para prestar depoimento.

De acordo com a Polícia Militar, o acusado sempre utilizava das mesmas práticas para realizar os assaltos, como o emprego de arma branca e fugindo em sua motocicleta da cor laranja. Segundo o delegado Rafael Barcia da 9ª DP (Catete), que investiga o caso, ao todo já são 10 vítimas do assaltante. O acusado foi reconhecido pelas duas que prestaram depoimento nesta manhã. As demais ainda irão comparecer à delegacia.
"Ele ia de moto e procurava mulheres que estavam andando sozinhas na rua, depois ele encostava a moto e encurralava a mulher na parede, já intimidando. Ele também sempre colocava a mão no casaco e ameaçava dizendo que estava armado, mesmo sem estar", disse o delegado.


A prisão ocorreu após denúncias de que um homem havia realizado um roubo na Lapa, na última segunda (24), e foi realizada por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Providência. Com ele, foi apreendido um canivete e recuperado um telefone celular, que foi constatado pertencer à vítima do roubo que iniciou as buscas. A motocicleta utilizada pelo criminoso foi encontrada por policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia) em outro ponto, provavelmente abandonada durante a fuga.

Uma das vítimas que depôs contra o suspeito na 9ªDP (Catete), nesta sexta (29), foi a vendedora de 20 anos, que preferiu não ser identificada. Ela alega que foi assaltada enquanto saia para trabalhar na manhã do último dia 20, no bairro Santa Teresa.

“Eu estava saindo para o trabalho, estava há dois minutos de casa, ele jogou a moto em cima de mim, em primeiro momento não pensei em assalto, porque jamais imaginei que seria assaltada tão perto de casa, nunca teve essa movimentação de assalto ali. Quando ele jogou a moto em cima de mim, ele pediu meu celular, eu entreguei, depois ele quis minha mochila, eu falei que não tinha nada, tinha só documentos e dinheiro, mas mesmo assim ele levou e ainda foi um pouco agressivo”, disse.


A vítima relatou ainda que em primeiro momento ficou sem entender a situação, e que em seguida ao assalto, procurou o pai, assustada e chorando. “Meu pai ainda tentou ir atrás, mas não o encontrou, nós ficamos chateados, ainda mais porque foi de manhã, horário que está todo mundo saindo pra trabalhar, e isso traz uma insegurança. Eu espero que ele não seja solto”, desabafou.

Ela disse também que ficou sabendo de outros casos na redondeza e que a maior preocupação foi que o suspeito só estava assaltando mulheres. “Foi uma semana bem turbulenta porque eu preciso sair para o trabalho, tem dia que chego 18h outros 22h e eu tinha que ficar indo buscar minha mãe pra ela não vir sozinha, meu namorando teve que ficar indo me buscar, porque eu tinha medo de ir sozinha às vezes até 9h eu tinha medo de sair. Eu reconheci ele através de um perfil do instagram, de rosto eu sabia quem era”, contou.