Entrada do condomínio Canto das Palmeiras é destruída durante operação em conjunto da Prefeitura e do MPReprodução
Segundo as investigações da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado para enfrentamento à ocupação irregular do solo urbano (GAECO/FT-OIS) do Ministério Público, o responsável pelo condomínio Cantos das Palmeiras vem ignorando, desde 2014, vários embargos, advertências, notificações e multas, além de ter sido conduzido e qualificado na 42º DP (Recreio) por crimes ambientais como desmatamento, terraplanagem, loteamento ilegal e furto d’água do Parque Estadual da Pedra Branca.
Há quatro anos, a Prefeitura fez uma grande operação e demoliu toda a infraestrutura do loteamento, como o portão principal, quadro de luz, a guarita do loteamento, além da retirada de meio-fio e abertura de buracos na via interna para dificultar a entrada de veículos. No entanto, o responsável continuou com a prática da exploração imobiliária ilegal de áreas públicas e privadas.
“Temos mais um caso de um empreendimento ilegalizável: lotes com uma série de crimes ambientais dentro da Pedra Branca. Fica o alerta sobre a importância de consultar os órgãos competentes antes para saber o que ou se é permitido construir no local. No Rio, hoje, investir em áreas protegidas para fazer construções irregulares é um péssimo negócio. Esse é o nosso recado”, disse Caldeira.
As ações da força-tarefa buscam conter o desmatamento de áreas ambientalmente protegidas e retirar dos grupos criminosos sua fonte de renda. Cerca de um ano atrás, foram realizadas outras três ações idênticas a desta quinta-feira contra imóveis levantados dentro do Parque Estadual da Pedra Branca: uma em Campo Grande e duas em Senador Camará, também bairros da Zona Oeste. Essas últimas, investigações apontavam que a milícia era responsável por um dos empreendimentos, enquanto o outro era construído dentro de área comandada pelo tráfico local.
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