Reforço de policiamento ostensivo sendo realizado por equipe do Batalhão de Campo Grande na Estr. do Pedregoso com Av. BrasilDivulgação/PMERJ

Rio - Equipes do 40º BPM (Campo Grande), com o apoio do Grupamento Aeromóvel (GAM), intensificam o policiamento em diversos pontos de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, desde o início da noite desta quinta-feira (4). No fim da tarde, o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, fundador da Liga da Justiça, uma das principais milícias do Rio de Janeiro, foi executado com dois tiros de fuzil na Estrada Guandu Sapé, no bairro. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga os autores do disparo e a motivação.
Segundo a Polícia Militar, há reforço de policiamento ostensivo sendo realizado na Estrada do Pedregoso com a Avenida Brasil; na Estrada do Mendanha, em frente ao West Shopping; na Avenida Santa Cruz com Mozart Monteiro e na Avenida Santa Cruz, na altura do viaduto Marcello Alencar. 
O GAM está reforçando o policiamento aéreo.
Além destes locais, a PM também reforçou a segurança na entrada do Hospital Municipal Rocha Faria, onde o cunhado de Jerominho, Maurício Raul Attalah, foi levado. Ele também foi baleado no ataque e está internado em estado grave, segundo a direção da unidade.
Moradores temem retaliação
Nas redes sociais, moradores de Campo Grande dizem que o clima no bairro é de tensão e apreensão para os próximos dias. De acordo com eles, é possível que tenha alguma retaliação pela morte do ex-vereador devido a sua influência na região. "Gosto nem de pensar como Campo Grande vai amanhecer amanhã, que Deus proteja a todos"; "Execução, Campo Grande vai virar zona de guerra agora", escreveram alguns perfis.
Veja o momento em que o ex-vereador é executado:
Quem foi Jerominho?
Integrante do grupo miliciano Liga da Justiça, que atuava no Batan, comunidade da Zona Oeste do Rio, Jerominho foi vereador pela cidade do Rio de Janeiro e é irmão de outro integrante da milícia, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães.
Ele é acusado também de extorsão contra motorista de vans e de ser mandante da morte de um deles, em 2005. Sua filha, a ex-vereadora Carminha Jerominho, também foi presa por usar a milícia para coagir eleitores da Zona Oeste. Ela foi eleita, em 2008, quando estava presa. Nas últimas eleições, Carminha não se elegeu vereadora e fez cerca de 4 mil votos.