Momento que Leonardo Gualandi da Silva, munido de um pedaço de madeira, acerta o cachorro Branquinho antes de jogar seu corpo dentro de um buracoReprodução

Rio - O juiz Richard Robert FairClough, da vara única de Mangaratiba, decretou, nesta segunda-feira (15), a prisão preventiva de Leonardo Gualandi da Silva, acusado de matar a pauladas um cachorro e descartar o corpo do animal em um buraco. O crime aconteceu no dia 2 de agosto, no bairro de Junqueira, em Mangaratiba, na Costa Verde.
Uma câmera de segurança registrou quando o homem vai em direção ao animal com um pedaço de madeira. É possível ver a primeira paulada. Menos de 20 segundos depois, ele sai carregando o corpo de Branquinho pelo rabo.
Na decisão, FairClough destacou o caráter cruel do crime contra um cachorro ainda filhote e argumentou que a prisão é importante para que o acusado não interfira ou impeça a colheita de provas ou intimide alguma testemunha.

"Diante dos indícios de crime grave e cruel e de sua autoria, consistente em matar com ação contundente, a pauladas, 'Branquinho', cachorro ainda filhote, descartando o 'cadáver' em buraco com objetivo de garantir a sua impunidade. A urgência da prisão também se encontra presente para a garantia da ordem pública, evitando novos crimes pelo autor, garantia da instrução criminal, para que o mesmo não impeça ou interfira de qualquer forma na colheita de provas, em especial não exerça qualquer tipo de influência ou intimidação contra as testemunhas, e ainda para garantia da aplicação da lei penal, na medida em que, assim que tomou conhecimento da filmagem o réu fugiu, estando em local incerto e não sabido", escreveu o magistrado em sua decisão.
Branquinho tinha apenas um ano. A tutora dele, Priscila Serpa contou que o animal estava brincando com outros cães na rua, quando foi atingido por Leonardo, que seria um vizinho. Segundo Priscila, ele confessou a ela que matou o cachorro e jogou o corpo em um buraco. O motivo teria sido Branquinho ter matado uma das galinhas do suspeito. Leonardo já teria agredido animais de outros moradores. 
A mulher afirmou que foi então à delegacia e registrou boletim de ocorrência. Também retornou à casa do vizinho acompanhada de guardas municipais. Aos agentes, o homem contou outra versão: disse que apenas bateu e que o animal fugiu. Quando uma viatura retornou à casa do suspeito, ele já havia fugido.

A mulher contou que a filha dela, de 7 anos, tinha Branquinho como companheiro e está muito abalada.

O caso foi registrado na 165ª DP (Mangaratiba).