Daniele e Amanda tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ)Reprodução

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu, na última segunda-feira, 15, em audiência de custódia, a conversão da prisão em flagrante de Daniela dos Santos Bernardes e Amanda Cristina Ferreira Santanna, em prisão preventiva. Ambas foram acusadas de agredir e matar uma criança de um ano no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. O órgão ressaltou a legalidade do flagrante, a existência de indícios de autoria e materialidade, bem como a gravidade do crime.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), através de decisão proferida pelo juiz de direito Pedro Ivo Martins Caruso D`Ippolito, atendeu o pedido do MP e converteu a prisão das acusadas em preventiva. Em sua decisão o juiz ressaltou que Amanda Cristina Ferreira Santanna, mãe da menor, foi no mínimo conivente com a agressão perpetuada por Daniela dos Santos Bernardes. Isso porque, segundo a perícia, a criança Eloá Manuela Ferreira Santana apresentava lesões que indicavam existência de traumas anteriores ao dia de ontem, o que significa que quando Amanda se ausentou da casa ela já havia sofrido agressões. Tais fatos indicam que a mãe da menina faltou com a verdade em seu depoimento quando afirmou que ao se ausentar da casa ontem “estava tudo bem com a criança”.

De acordo com o MP-RJ, há provas da existência do crime e indícios suficientes de autoria, tendo em vista os depoimentos que as testemunhas deram na delegacia, assim como laudo de exame e necropsia.
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Eloá Manuela Ferreira Santana chegou já morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Maré, inclusive, segundo a Polícia Civil, em parada cardiorrespiratória. Além disso, ela estava com pupilas midriáticas (tamanho alterado) e com a temperatura corporal bem fria, o que, segundo o médico que a atendeu, indica que o óbito teria ocorrido em torno de uma hora antes da chegada da criança ao hospital.
O corpo da criança apresentava inúmeras lesões condizentes com a chamada "síndrome da criança espancada”, conforme profissionais de saúde que a atenderam na UPA da Maré.