Fábio Henrique de Jesus é pastor na Igreja Pentecostal Deus de Justiça Reprodução/Redes Sociais

Rio - A 36ª DP (Santa Cruz) concluiu o inquérito e indiciou, nesta segunda-feira (15), o pastor Fábio Henrique de Jesus pelo crime de importunação sexual. O criminoso era líder da Igreja Pentecostal Deus de Justiça, no Antares, Zona Oeste do Rio, e teria esfregado seu órgão sexual em uma mulher no momento em que ela estava com os olhos fechados durante uma oração. O fato aconteceu na presença do filho dela, de 3 anos. Ele já é considerado foragido da polícia.
Segundo a 36ª DP, a oração foi sugerida pelo próprio pastor, que disse ter visto uma "obra de macumbaria" no filho dela. Ao DIA, a vítima Nayara Kelly Almeida disse que, assim que percebeu o crime, o expulsou de sua casa e registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia. Ela ainda chegou a fazer uma ação nas redes sociais pedindo que outras mulheres, vítimas do criminoso, procurassem a polícia: "Se você já foi vítima desse monstro, não fique com vergonha e denuncie. Ele não pode continuar impune de tudo que já fez", pediu.
O caso foi registrado na delegacia e as investigações iniciaram. Os agentes realizaram diligências e descobriram outras duas vítimas do autor, que não haviam registrado o fato. A equipe verificou, ainda, que existiam outros três procedimentos policiais contra ele envolvendo crimes sexuais.

De acordo com a 36ª DP, no primeiro procedimento, em 2014, Fábio teria abusado sexualmente da própria enteada, de 9 anos, e foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável. O fato foi comprovado por meio do laudo de exame de corpo de delito, depoimentos de testemunhas e por declarações da vítima.

Já no segundo procedimento, em 2017, o autor foi acusado de importunação ofensiva ao pudor contra uma mulher. O fato aconteceu dentro de um ônibus e foi presenciado por uma testemunha, que filmou o ocorrido. Ele ainda possui um inquérito que apura o crime de estupro de vulnerável, contra outras enteadas.

Após reunidos várias provas, o pastor foi indiciado pelo crime de importunação sexual, cuja pena é de até cinco anos de prisão, bem como representou por sua prisão preventiva. Diligências estão sendo realizadas com o objetivo de localizar e prender o acusado.