Dayse Ribeiro, de 56 anos, foi agredida com tapa no rosto por morador do condomínio onde trabalha como síndica, na Barra da TijucaArquivo pessoal

Rio – Dayse de Souza Ribeiro, síndica agredida por um morador em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, teve medida protetiva a seu favor expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), nesta segunda-feira (5). Com a decisão, ela diz sentir uma certa tranquilidade, embora ainda exista o perigo de nova agressão: "Já foi um ganho, traz uma certa tranquilidade, embora precise ser executada. Se ele não obedecer, acaba não surtindo efeito".
"O processo será dado andamento para que a gente não veja mais esse tipo de coisa acontecendo. Duvido que se eu fosse um homem ele teria tido essa atitude covarde que fez comigo. Espero que a justiça seja feita e que isso não aconteça mais", afirmou.
O homem, identificado como Amadeu Ribeiro de Souza Neto, pode ser preso em flagrante se infringir a medida.

No último dia 30, ele teria estapeado Dayse por não poder usar a academia do prédio, fechada para pintura. O golpe foi tão forte que derrubou a síndica no chão.
Agora, com a decisão do juiz Ricardo Coronha Pinheiro, da 39ª Vara Criminal, Amadeu está proibido de manter qualquer contato com a trabalhadora, seja por e-mail, celular, internet ou qualquer outro meio de comunicação. O condômino também deve manter distância da vítima de, pelo menos, 200 metros, e não pode dividir ou frequentar qualquer espaço em que ela esteja nas dependências onde ambos moram como, por exemplo, os elevadores.
Ela acrescentou ainda, em mensagem enviada à reportagem: "Espero que a justiça ande numa velocidade que seja factível e que não me traga mais problemas, pois sabemos que às vezes acaba ocorrendo uma nova eventualidade. Espero que essa eventualidade não aconteça".