Participantes exibem fotos da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018Divulgação/MST/RJ

Rio - Uma passeata saindo da Uruguaiana com a Avenida Presidente Vargas, no Centro, deu início ao Grito dos Excluídos no Rio, nesta quarta-feira (7), por volta das 10h. A mobilização acontece todos os anos desde 1995 no feriado do Dia da Independência e a data foi escolhida para fazer um contraponto ao "Grito do Ipiranga". Na manifestação, movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais se reuniram para reivindicar pautas como a defesa da democracia e garantia de políticas públicas para populações mais vulneráveis.

Desde seu início, o Grito dos Excluídos escolhe um tema para ser o foco das passeatas e, em sua 28ª edição, que coincide com o bicentenário da independência, o mote escolhido foi "Independência para quem?". O ato também vai ter como destaque o combate à fome. Os participantes vão caminhar até o Cais do Valongo, na Zona Portuária, local conhecido por ser o ponto onde desembarcavam os negros escravizados vindos da África. Durante a passeata, os manifestantes exibem faixas e cartazes com os dizeres "vidas em primeiro lugar" e "18,2 milhões de famílias na extrema pobreza. Independência? Exclusão!".
Os participantes levaram ainda fotos da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, junto com seu motorista, Anderson Gomes, além de bandeiras partidárias, sindicais e de movimentos sociais. Os manifestantes também criticaram o governo do presidente Jair Bolsonaro durante a passeata. O ato aconteceu hoje em todos os estados do país e no Rio de Janeiro, houve manifestação às 15h, em Nova Friburgo, na Região Serrana.