Evento cívico militar em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro. fotos de Reginaldo Pimenta

Rio - Discurso contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e ataques às universidades públicas marcaram a fala bolsonaristas durante evento cívico, em Copacabana, Zoa Sul do Rio, nesta quarta-feira (7). Artistas, políticos e candidatos fizeram duras criticas à corte suprema e também às instituições de ensino superior.

"O Alexandre (de Moraes) é a grande ameaça a liberdade de expressão e democrática. Ele prende inocentes, o Daniel Silveira é uma das vítimas dele. Covardia. Cadeia nesse STF", disse o ator Mário Gomes.

De cima de um carro de som, o candidato a vaga de deputado federal, ex-professor da UFRJ Mauro Rosa (PMN), sugeriu uma intervenção na UFRJ e também na UERJ. Segundo ele, as instituições seriam "antros de esquerdistas".


"A Uerj é uma trincheira de esquerdistas, uma das mais fortes do país. (...) Essas instituições federais Uerj, UFF, UFRJ e Rural precisam ser alvo de intervenção", disse o pré-candidato.

Segundo ele, é necessário que a Alerj e o Ministério da Educação (MEC) entrem nessas universidades e executem uma intervenção no conteúdo que é ensinado. Além disso, o bolsonarista também pede a retirada do que chamou de "professores doutrinadores".

Apontado como operador de esquema de "rachadinhas" no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa, Fabrício de Queiroz (PTB) também esteve presente no ato em Copacabana. O ex-assessor e agora candidato a deputado estadual acompanhou o ato de cima de um dos carros de som onde também estavam outros postulantes a vagas na Alerj e à Câmara dos Deputados. 
Os ataques ao STF também partiram do público que acompanhava o ato. Cartazes, faixas contra a corte suprema e gritos de ordem contra o ministro Alexandre de Moraes se repetiram durante caminhada, que começou na Avenida Atlântica, entre o Posto 4 e o Posto 5, e foi até o Forte de Copacabana.