Evento cívico militar em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro. Reginaldo Pimenta/ Agência O Dia

Rio - O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, repetiu discurso feito contra Lula em Brasília durante o ato na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, na tarde desta quarta-feira (7). Durante sua fala, em palanque montado no calçadão, Bolsonaro se referiu ao ex-presidente como "quadrilheiro". 

"Não sou muito bem educado, falo palavrões, mas não sou ladrão", disse o presidente, que chegou ao Rio no início da tarde e seguiu em motociata para o ato.

Dezenas de milhares de apoiadores aguardavam o presidente, na Avenida Atlântica, altura do Forte de Copacabana, a chegada do presidente. Enquanto ato acontecia, militares do quartel realizavam cerimônia em comemoração ao Bicentenário da Independência. 


"Não estamos do lado da Venezuela, tampouco da Nicarágua. O nosso governo respeita a carta da democracia, que é a nossa Constituição. O outro lado assina cartinha que não é a nossa Constituição", afirmou o presidente sobre manifestos pró-democracia.

Durante sua fala, Bolsonaro ignorou a situação crescente de fome no país e disse que o Brasil garante "a segurança alimentar de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo". Depois, afirmou ser contra a legalização do aborto e subiu a voz para falar: "O estado é laico, mas seu presidente é cristão".

Antes de terminar seu discurso, às 16h30, Bolsonaro também disse que estaria no Maracanã para acompanhar a semifinal da Libertadores, em que o Flamengo enfrenta o Vélez Sarsfield, da Argentina.

"Hoje à noite estarei no Maracanã assistindo a mais uma vitória do nosso Flamengo. Para que o Flamengo seja em breve campeão do mundo", comentou o presidente, que aproveitou o ato para pedir voto nas eleições de outubro.

Antes da sua chegada, ainda durante caminhada de apoiadores, puxadores que participavam do ato em cima dos carros de som já pediam o voto e declaravam vitória no primeiro turno. "Vamos ganhar no primeiro turno. É no primeiro turno. É 22", gritavam os apoiadores.
O governador do Rio, Cláudio Castro, que concorre a reeleição pela vaga no Palácio Guanabara esteve ao lado de Bolsonaro durante o discurso do presidente. "Irmãos, o povo do Rio de Janeiro, não foge a luta nunca. O Brasil e o Rio de Janeiro são verde e amarelo. A gente ouve falar, presidente, muito em mudança. Os nossos adversários falam em trabalho e emprego, mas eles deixaram esse país com 14% de desempregados. Só que quem voltou a gera emprego foi Jair Messias Bolsonaro", disse Castro.
Ainda em sua fala, em tom de campanha, o governador declarou seu voto ao presidente: "Em outubro, é 22 para presidente e 22 para governador. É Bolsonaro",disse Castro para o público que acompanhava o ato em Copacabana. 
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado de Bolsonaro também criticou o candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. "A bíblia diz que o diabo é o pai da mentira e Lula é filho único", disse.
Candidato a vice-presidente pela chapa de Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, durante discurso, falou sobre a atual gestão. "O governo Bolsonaro defende os direitos da vítima e não os direitos do bandido", afirmou.