Rio - Dois irmãos foram assassinados a tiros, no fim da tarde deste sábado (10), em Paraty, na Costa Verde do Rio. Edmar Ribeiro da Silva, de 57 anos, e Eduardo Ribeiro da Silva, de 53, teriam sido mortos por um vizinho que os responsabilizava pelo envenenamento do seu cachorro. O caso aconteceu no distrito de Taquari e o suspeito está foragido.
De acordo com informações da Polícia Civil, a rixa entre o homem, identificado como Paulo Cardoso da Costa Júnior, e os dois irmãos começou na última segunda-feira (5). Na data, o cachorro de Paulo ingeriu um pesticida usado pelas vítimas para dedetizar o restaurante que administravam no bairro.
"Vamos representar pela prisão preventiva dele ao juiz e aguardar a decisão da Justiça. Aguardamos o final de semana para ver se conseguíamos localizar, mas não o encontramos", confirmou o delegado Marcelo Russo, titular da 167ª DP (Paraty).
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O delegado comentou que a dinâmica do ataque cometido por Paulo foi revelada por uma pessoa que estava no restaurante. "Uma testemunha visual deu depoimento na delegacia e confirmou. Essa pessoa estava no local e não levou tiro. (Os disparos) Foram direcionados para os dois. Isso tudo confirma a história. Fora que ele já está evadido. Se não tivesse nada a ver, ele teria se apresentado, prestado depoimento e esclarecido os fatos", disse.
Segundo Russo, o suspeito tinha a posse de duas armas. Uma delas, uma pistola 9mm, foi localizada pelos PMs que atenderam ao chamado dos disparos. A arma estava dentro da casa de Paulo. "A outra pistola, uma calibre .380, não foi encontrada. Acredita-se que essa seja a arma usada para matar os dois irmãos", pontuou.
Eduardo e Edmar chegaram a ser socorridos para o Hospital de Paraty, no último sábado, mas não resistiram aos ferimentos. A ocorrência foi atendida por uma equipe da 2ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).
Vizinhos dos irmãos confirmam que a morte do cachorro de Paulo não teria passado de um mau entendido. Em postagem no Facebook, um amigo reforçou que Edmar realizava a dedetização no estabelecimento ao qual era dono quando o cachorro teria entrado no imóvel e tido o contato com a substância. "O Eduardo dedetizou o restaurante e a cachorra do Paulo, que vive andando na rua, foi lá e se envenenou. Eduardo não teve culpa de nada", escreveu ele.
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