Wilson Moisés foi morto a tiros na Barra da Tijuca, neste domingo (25)Redes sociais

Rio - O corpo de Wilson Vieira Alves, o Moisés, ex-presidente da Vila Isabel, será enterrado às 13h30 de terça-feira (27), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. O velório está marcado para começar às 11h30 na Capela 2. A vítima foi morta a tiros neste domingo (25) na Barra da Tijuca, quando estava a caminho da quadra da Portela com sua mulher, Shayene Cesário, que é musa da agremiação.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso e nenhuma linha de investigação foi descartada até o momento. Segundo testemunhas, dois homens em uma moto abordaram Wilson quando ele caminhava a pé em direção a uma farmácia. Imagens de câmeras de segurança podem ajudar os investigadores a identificar os autores do crime. 
Viúva foi assaltada a caminho do IML
Shayene Cesário, viúva de Wilson, foi assaltada a caminho do Instituto Médico-Legal (IML), no Centro, para fazer a liberação do corpo do marido, na manhã desta segunda-feira (22). No momento, ela estava acompanhada da mãe, Ana Lúcia Cesário. As duas estavam na Avenida Brasil, na altura de São Cristóvão, quando foram paradas por um ambulante que levou uma bolsa e dois celulares. Horas depois elas saíram do IML para registrar um boletim de ocorrência por roubo. 
Além de ser musa de Carnaval, Shayene ficou conhecida nas redes sociais depois de participar da quinta temporada de A Fazenda, da Record.
Quem era Wilson Moisés
Wilson Moisés chegou à Vila Isabel em 2004 e pela azul e branca foi campeão do Grupo Especial em 2006. Depois, o seu filho Wilsinho Alves assumiu a presidência da escola. Ele também já foi preso por corrupção, contrabando e formação de quadrilha enquanto ainda presidia a escola de samba, durante a Operação Alvará, da Polícia Federal, contra a exploração de máquinas caça-níqueis em Niterói e São Gonçalo.

O homem, que era sargento reformado, foi acusado de controlar pontos de máquinas de caça-níquel em Niterói e São Gonçalo no ano de 2010. Além disso, ele chegou a ser apontado como bicheiro. Na época, a polícia trabalhava com a hipótese de que ele recebia informações privilegiadas sobre operações policiais porque tinha agentes da Civil, Militar e Federal em sua folha de pagamento.
No processo, ainda foi apontado que o ex-presidente foi alertado por agentes da Operação Alvará, da Polícia Federal, onde foi preso, um dia antes da ação ocorrer, por meio de informantes.
Em 2011, Wilson Moisés foi condenado a 23 anos, um mês e dez dias de prisão em regime fechado pelos crimes de contrabando, formação quadrilha ou bando armado e corrupção ativa, mas no ano seguinte ele conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi solto. Na ocasião, ele ainda respondia por associação ao jogo do bicho.

Inicialmente, Moisés cumpriu pena no presídio Ary Franco, mas após a polícia tomar conhecimento de que o ex-presidente contava com diversas regalias, foi transferido para o presídio Bangu 2, no complexo penitenciário de Gericinó.