Rio - A prisão em flagrante de Alessandro Eugênio, de 37 anos, acusado de ejacular em uma passageira dentro de um trem da Supervia, foi convertida em preventiva, nesta sexta-feira (7), pela Justiça do Rio. A decisão foi do juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia, que entendeu pela necessidade da manutenção da prisão. O assédio aconteceu na manhã desta quinta-feira, na altura da estação Maracanã, na Zona Norte.
Alessandro foi flagrado pela passageira Karen Souza, de 22 anos. Ela teria sentido um incômodo e percebeu que estava suja. Assim que se deu conta, ela começou a gritar e pedir ajuda a outros passageiros, que impediram o acusado de fugir do vagão. Uma das pessoas na composição chegou a filmar o rosto do suspeito.
Foram os próprios passageiros que o retiraram do vagão. Os seguranças da Supervia que estavam na estação Macaranã atenderam ao chamado e acionaram uma equipe da Polícia Militar. Alessandro foi preso pelos PMs por violação sexual. Antes de ser levado, alguns passageiros chegaram a agredir o acusado.
Em uma das filmagens, é possível ver o exato momento em que populares cercam o suspeito. É possível ver três homens desferindo socos e chutes em meio ao tumulto.
De acordo com a Polícia Militar, agentes que estavam nas imediações da estação do Maracanã foram acionados por passageiros e comunicados sobre um tumulto no interior de uma composição do ramal Japeri. Ao chegarem ao local, encontraram o suspeito, que estava sendo agredido por usuários do trem, que seguia para a Central do Brasil.
Em nota, a SuperVia afirmou ter prestado auxílio à passageira e acionado a PM.
"A concessionária repudia casos como esse, de desrespeito às mulheres. Como ação educativa para evitar esse tipo de comportamento, a concessionária veicula avisos sonoros contra o assédio e investe em campanhas de conscientização para orientar e ampliar a boa convivência dentro dos trens. A SuperVia esclarece que seus agentes de controle atuam nos trens e estações para dar apoio e orientação. Em situações de assédio, os funcionários devem acionar a Polícia Militar, ação que, por vezes, culmina em detenções ou prisões", informou a concessionária.
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