Fábio de Oliveira Júnior atirou pelo menos noves vezes contra Bruno Alves da Silva, 38 anosReprodução

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) tenta localizar Fábio de Oliveira Júnior, identificado pela especializada como autor dos disparos que matou Bruno Alves da Silva em um bar na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 4 de setembro. Imagens de câmera de segurança do estabelecimento mostram o momento em que Fábio discute com a vítima e, em seguida, pega a arma e atira contra ele nove vezes. Veja o vídeo abaixo.
Bruno Alves da Silva, 38 anos, foi morto a tiros em um bar na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio - Divulgação
Bruno Alves da Silva, 38 anos, foi morto a tiros em um bar na Barra da Tijuca, Zona Oeste do RioDivulgação
Após diligências, análise de imagens de câmeras de monitoramento da região e depoimentos de testemunhas, os investigadores traçaram a dinâmica do fato e a linha de investigações. Há indícios que a motivação tenha relação com atritos e brigas do passado, entre a vítima e um dos envolvidos, relacionadas a atividades ilícitas que ambos exerciam. Bruno fazia parte de uma das primeiras quadrilhas de clonagem de cartão de crédito que já movimentou R$ 3,5 milhões em imóveis, carros, compras e saques em dinheiro.

Na noite em questão, Bruno chegou ao local acompanhado da mulher e encontrou um grupo de amigos. Os suspeitos - três homens e uma mulher (esposa de um deles) - já estavam no estabelecimento. Segundo os agentes, a arma do crime entrou no bar dentro da bolsa da acusada, na tentativa de que o marido escapasse da revista pessoal.

Ainda de acordo com os policiais, ao avistarem Bruno, dois dos criminosos se dirigiram à sua mesa e o ameaçaram e ofenderam, sem que o mesmo esboçasse qualquer reação. Em determinado momento, um dos homens desfere um tapa no rosto da vítima, que reage com um soco e derruba o agressor no chão. A partir deste momento, uma briga generalizada se inicia no local, com garrafas e cadeiras sendo arremessadas. Antes de atirar, Fábio foi acertado com um soco desferido por Bruno. Neste momento, ele recebeu da mão de um dos comparsas a arma usada no crime. Enquanto a vítima estava sendo socorrida pela esposa, o grupo fugiu do local.
Momentos depois Fábio retorna à cena do crime e grita para a mulher: "Fui eu que matei", atravessa a rua e vai embora.
Veja o vídeo:
Vítima era conhecida por aplicar golpes
A quadrilha de Bruno foi desarticulada em 2014 e segundo as investigações da época, ele liderava o grupo junto com seu irmão gêmeo, André Alves da Silva. De acordo com a sentença judicial, a quadrilha inseria dispositivos coletores de dados de cartões magnéticos em caixas eletrônicos de lugares como o Aeroporto Internacional Tom Jobim. Com o equipamento conhecido como "chupa-cabra" inserido, o bando copiava informações sigilosas dos cartões para outros recarregáveis, que eram usados em compras e saques de dinheiro.

Naquele ano, a estratégia era considerada sofisticada. O esquema se reproduzia no comércio em máquinas de empresas credenciadas e contou com participação de garçons, seguranças e motoristas de táxi.