O caso está sendo investigado por agentes da 48ª DP (Seropédica)Google / Reprodução1

Rio - Agentes da 48ª DP (Seropédica) investigam um suposto caso de estupro contra uma bebê de 1 ano e 7 meses na Baixada Fluminense. Laudos de exame de corpo de delito apontam que a menina teve um pequeno rompimento do hímen.
De acordo com a mãe, a criança começou a apresentar comportamento estranho há cerca de sete meses. Já em meados de julho, a menina apareceu com machucados e assaduras na parte genital. Com isso, ela foi levada para um posto de saúde.
Após encaminhamento ao Instituto Médico Legal, foi constatado um pequeno rompimento de hímen já em cicatrização e vermelhidão na parte genital. O laudo, porém, afirma que não há vestígios de violência ou ato libidinoso da conjunção carnal. A Polícia Civil pediu mais informações aos peritos que assinaram o documento.
O advogado Ailton Barros, que representa a família da vítima, afirma que a bebê realizava exames de rotina e não apresentava rompimento de hímen. Ele também entende que o comportamento da menina aponta para uma possível violência sexual.
Há cerca de um ano, a mãe começou a deixar a criança com duas irmãs para ir ao trabalho. De acordo com a defesa da família, há indícios de que, em alguns momentos, elas deixavam a vítima com outras pessoas. Em depoimento, as duas negaram.
"Entendo que a autoridade policial já poderia ter pedido a prisão preventiva dessas duas irmãs. Elas são as responsáveis em cuidar da criança. A criança chegou lá com o hímen intacto, temos resultados médicos. O depoimento delas, elas mentem no depoimento. Elas disseram que não se afastavam da criança e, quando isso acontecia, que foram raras vezes, a criança ficava com a mãe delas. Isso vai de encontro com o depoimento da avó materna da criança", explica o advogado Ailton.
"Só pelo fato da descrição do laudo já constatar a ruptura do hímen, ou seja, a criança foi mexida. Isso é estupro de vulnerável. E pela mentira das responsáveis em tomar conta da criança, já tem fundamento para pedir a prisão preventiva das duas irmãs. Eu entendo dessa forma", concluiu.
A Polícia trata o caso com cautela já que, por conta da idade, a menina não verbaliza e não há imputação de suspeito. Com isso, ainda não descartam a hipótese de uma queda. A delegada Cristiana Onorato, titular da 48ª DP (Seropédica), afirmou que todas as pessoas que tiveram contato com a criança estão sendo ouvidas. Além disso, também pediu mais informações dos peritos quanto ao laudo médico.
O Conselho Tutelar foi acionado e a investigação está em andamento.