Grazielle Sampaio da Silva, 32 anos, era vendedora de salgadinhos e foi morta asfixiada pelo companheiro em São GonçaloReprodução/Redes sociais

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) converteu em preventiva, na tarde desta desta segunda-feira (10), a prisão de Glaubert Soares Seriaco, de 38 anos, acusado de matar por asfixia a companheira Grazielle Sampaio da Silva, 32 anos, em São Gonçalo, no sábado passado (8). Em audiência de custódia, realizada na 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói, a juíza Ariadne Villela Lopes levou em consideração a confissão sobre as agressões do preso em sede policial.
Em depoimento, Glaubert disse que agrediu a mulher para tentar se defender. No entanto, testemunhas contam que as agressões eram recorrentes e, horas antes do crime, presenciaram o preso dando socos no rosto de Grazielle e aplicando um golpe mata leão na mesma. Uma outra testemunha disse aos policiais que um dia antes da morte da vítima o homem também agrediu o filho menor do casal.
"Há indícios suficientes de autoria pelo custodiado em relação ao homicídio da vítima aptos a autorizar a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva", disse a juíza na decisão. A magistrada determinou também o encaminhamento do custodiado para realização de exame de corpo de delito, a fim de identificar possíveis agressões sofridas. Segundo o suspeito, a companheira teria mordido e arranhado ele.
A vítima vendia salgadinhos e morava com Glaubert na Rua Imboassu, no bairro de Boaçu, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, onde foi encontrada gravemente ferida. Ela ainda foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Pronto Socorro Central de São Gonçalo (PSCSG), no bairro Zé Garoto, mas não resistiu e morreu.
A investigação do feminicídio segue em andamento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI). A família de Grazielle é do Ceará e ainda não há informações se o enterro será no Rio de Janeiro ou se o corpo será levado para o estado natal dela.