Secretário de Saúde do Rio reforça importância de doação de sangue: 'Salva vidas'
Hospital Municipal Lourenço Jorge promove campanha para reabastecer estoque do Hemorio, que teve queda de 25% na coleta de bolsas em setembro
'Se você está apto a doar sangue, procure uma unidade de saúde para fazer', pediu o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz - Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
'Se você está apto a doar sangue, procure uma unidade de saúde para fazer', pediu o secretário municipal de Saúde, Daniel SoranzReginaldo Pimenta/Agência O Dia
O objetivo da ação é reforçar o banco de sangue do Hemorio, que fornece derivados de material sanguíneo para mais de 200 hospitais da rede pública do Rio de Janeiro, principalmente para emergências. Na última semana, a unidade acionou o alerta vermelho por falta de doações durante o mês de setembro, por conta da queda de aproximadamente 25% das bolsas coletadas, em relação ao mesmo período de 2021, quando ocorria um período crítico da pandemia de covid-19.
"O número de doadores de sangue vem diminuindo no estado do Rio de Janeiro e a utilização de sangue é muito importante para acidentes, para cirurgias eletivas de alta complexidade, para tratamento de cânceres. É muito importante que os doadores procurem um ponto de doação, o (Hospital Municipal) Lourenço Jorge, nesse momento, é um ponto de doação, mas também tem o Hemorio. Essa doação salva vidas e a gente faz também esse apelo, porque é um ato de muita solidariedade. A gente recomenda que, se você pode, se você está apto a doar sangue, procure uma unidade de saúde para fazer", afirmou.
Até o momento, pouco mais de 70 mil doações foram coletadas ao longo de 2022, o que representa 5 mil a menos do que no ano anterior. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a doação é segura e, a cada bolsa coletada, quatro pessoas são beneficiadas. Após 24 horas, o organismo do doador já começa a recompor algumas substâncias que foram retiradas e, depois de oito semanas, uma nova doação já pode ser feita para homens; doze para mulheres.
Para ser um doador é necessário apresentar documento oficial de identidade com foto, ter entre 16 e 69 anos - menores de 18 devem estar com autorização do responsável - e pesar mais de 50 kg. O voluntário não precisa estar de jejum e, 30 dias depois, já pode pegar o resultado dos exames laboratoriais feitos com uma pequena amostra sanguínea retirada da doação. Pessoas que fizeram tatuagem ou colocaram piercings devem aguardar seis meses para fazer a doação, e quem foi infectado pela covid-19 recentemente precisa aguardar dez dias após a recuperação.
Também ficam impedidos de doar quem estiver gripado ou resfriado; teve febre recente acima de 37 °C; gestantes; lactantes; anêmicos; pessoas que fizeram cirurgias recentes; quem fez extração dentária em menos de 7 dias; interessados que receberam transfusão de sangue em menos de um ano; recém-vacinados (CoronaVac, após 48h; AstraZeneca, Pfizer e Janssen: após 7 dias); usuários de alguns medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, antiparasitários, anorexígenos); quem teve hepatite após os 10 anos; portadores de doenças e infecções transmissíveis pelo sangue (sífilis, Aids e doença de Chagas); e usuários de drogas.
A campanha no Hospital Municipal Lourenço Jorge acontecerá das 10h às 17h, no auditório da unidade, que fica na Avenida Ayrton Senna, nº 2.000, na Barra da Tijuca. Já o atendimento no Hemorio ocorre todos os dias, incluindo fins de semana e feriados, das 7h às 18h, e fica localizado na Rua Frei Caneca, nº 8, no Centro do Rio.
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