O médico anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante no dia 11 de julhoReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - A Organização Social Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (Ipcep) foi multada em R$ 4.781,95 por contratar o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estupro de grávida durante o parto em hospital de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A penalidade aplicada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O anestesista, que está preso desde o último dia 10 de julho, quando foi flagrado abusando de paciente cedada após dar à luz no Hospital da Mulher Heloneida Studart, teria sido contratado pela OS para trabalhar no Hospital Getúlio Vargas, em setembro de 2021, cerca de sete meses antes de ter habilitação para realizar procedimentos, em abril deste ano.


A falha na contratação Quintella como anestesiologista foi identificada pela Comissão de Acompanhamento e Fiscalização (CAF), do Governo do Estado, que monitora o trabalho das Organizações Sociais de Saúde (OSs).

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que a multa foi aplicada por meio da Assessoria Técnica de Processamentos e Sanções de Organizações Sociais de Saúde seguindo o previsto no contrato de gestão. "A SES ressalta que foi realizado o levantamento e análise de todos os prontuários com a participação de Giovanni Quintella Bezerra nas unidades geridas pela secretaria", pontuou.
O IPCEP administra desde setembro de 2021 o Complexo Hospitalar da Penha, que inclui o Hospital Getúlio Vargas, unidade que contratou o anestesiologista, e também a UPA da Penha. A unidade de pronto atendimento de pronto atendimento é vizinha ao hospital e fica no Parque Ary Barroso.

Estupro de vulnerável

Quintella foi preso após ter sido flagrado pela própria equipe médica em atitude suspeita. Após suspeitar das ações do anestesiologista, uma das profissionais usou um celular para filmar o comportamento do acusado.

Nas imagens, era possível ver o médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto. Quintella aproveitava que a parte onde ele ficava era bloqueada por um lençol para se aproveitar da paciente.

A prisão dele foi realizada pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O anestesiologista segue preso preventivamente enquanto aguarda julgamento. No último dia 15 de julho, ele se tornou réu por estupro de vulnerável após o TJRJ aceitar denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ).
A reportagem de O DIA questionou o IPCEP sobre a aplicação da multa e quanto a contratação de Quintella, mas até o momento a OS não se manifestou.