Shayene Cesário e o marido Wilson Moisés, morto no dia 25 de setembro deste anoReprodução Facebook

Rio - Shayene Cesário, viúva de Wilson Moisés, ex-presidente da Vila Isabel assassinado no dia 25 de setembro no Rio, utilizou ass redes sociais para relatar acontecimentos estranhos antes e depois da morte do marido. 
Em um post feito neste domingo (16), Shayene revelou que ficou dias sem postar nada porque tanto o telefone que usava quanto o seu notebook estavam 'bugados', ou seja, simplesmente pararam de funcionar. "Estive na minha operadora para resgatar meu número e descobri que minha conta no ICloud foi excluída".
Além desses fatos, a viúva também relatou que no dia 19 de setembro recebeu a visita de um drone, que invadiu sua residência. De acordo com ela, todos esses fatos, que ela descreveu como 'anormais', foram relatados a Polícia Civil.
"Peço a Deus que a justiça seja feita! Que a morte do Moisés não seja mais uma a ficar impune”, desabafou.
Relembre o caso
Wilson Vieira Alves, de 61 anos, conhecido como 'Moisés', foi assassinado a tiros no dia 25 de setembro, quando passava pela Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. 
Wilson saía de uma farmácia na Avenida das Américas, quando foi abordado pelos criminosos em uma moto. A dupla parou o veículo na frente do carro do dirigente e iniciaram o ataque a tiros. O ex-dirigente estava indo para quadra da Portela com sua mulher, Shayene Cesario, que é musa da agremiação. A filha do casal também estava presente. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
De acordo com a especializada, o caso chama a atenção pela atitude dos autores crime. Segundo os agentes, a análise da cena do crime sugere que os criminosos recolheram os vestígios dos disparos feitos contra o carro do ex-presidente da escola.
Quem era Wilson Moisés
Wilson Moisés chegou à Vila Isabel em 2004 e pela azul e branca foi campeão do Grupo Especial em 2006. Depois, o seu filho Wilsinho Alves assumiu a presidência da escola. Ele também já foi preso por corrupção, contrabando e formação de quadrilha enquanto ainda presidia a escola de samba, durante a Operação Alvará, da Polícia Federal, contra a exploração de máquinas caça-níqueis em Niterói e São Gonçalo.

O homem, que era sargento reformado, foi acusado de controlar pontos de máquinas de caça-níquel em Niterói e São Gonçalo no ano de 2010. Além disso, ele chegou a ser apontado como bicheiro. Na época, a polícia trabalhava com a hipótese de que ele recebia informações privilegiadas sobre operações policiais porque tinha agentes da Civil, Militar e Federal em sua folha de pagamento.
No processo, ainda foi apontado que o ex-presidente foi alertado por agentes da Operação Alvará, da Polícia Federal, onde foi preso, um dia antes da ação ocorrer, por meio de informantes.
Em 2011, Wilson Moisés foi condenado a 23 anos, um mês e dez dias de prisão em regime fechado pelos crimes de contrabando, formação quadrilha ou bando armado e corrupção ativa, mas no ano seguinte ele conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi solto. Na ocasião, ele ainda respondia por associação ao jogo do bicho.
Inicialmente, Moisés cumpriu pena no presídio Ary Franco, mas após a polícia tomar conhecimento de que o ex-presidente contava com diversas regalias, foi transferido para o presídio Bangu 2, no complexo penitenciário de Gericinó.