De acordo com a Secretaria de Conservação, a estátua foi removida nesta quarta da Praça XV, e será instalada na Praça Marechal Âncora após o processo de limpeza e aplicação de protetivoDivulgação
A escultura em bronze, assinada por Valter Brito, também vai passar por limpeza e aplicação de resina protetiva. A inciativa atende a um pedido do movimento negro e é considerada uma reparação histórica, pois dá ao monumento o merecido destaque.
A Revolta da Chibata foi uma rebelião contra os maus-tratos sofridos pelos marinheiros brasileiros, que aconteceu em novembro de 1910. O movimento queria, principalmente, o fim dos castigos físicos dados a marujos considerados indisciplinados. A punição era aplicada por comandantes brancos em marinheiros que ocupavam postos mais baixos dentro da corporação, grupo formado, em sua maioria, por negros e pobres.
No dia 21 de setembro de 1910, 2.379 marinheiros se rebelaram. Cândido liderou a tomada de quatro navios de guerra na Baía Guanabara contra os abusos ilegais aplicados pelos seus superiores. Os marinheiros foram apoiados pela população e ganharam destaque na imprensa. Durante cinco dias, o país parou para ver a revolta de Cândido. Assim, ele se tornou um dos personagens mais respeitados da história brasileira.
O nome dele está agora no Livro dos Heróis do Estado, onde estão os registros de quem contribuiu para a defesa, o progresso ou desenvolvimento do Rio, do Brasil ou da Humanidade. Além disso, João Cândido foi homenageado e virou o “navegante negro” na música “O Mestre-Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc.
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