Rafael da Silva Raymundo foi morto por amigo por dívida de R$ 300Divulgação

Rio - "Um absurdo perder uma vida humana por uma cobrança de dívida, não podemos tolerar esse tipo de comportamento em nossa sociedade sob pena de voltarmos ao estado de natureza de Hobbes, onde o homem é lobo do homem". A afirmação é do delegado Vilson de Almeida, da 166ª DP (Angra dos Reis), que citou Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês que defendia a necessidade de um governo e uma sociedade fortes. O delegado se referia ao crime cometido por João Lucas Rodrigues Soares, de 23 anos, acusado de atirar contra a cabeça do amigo Rafael da Silva Raymundo por uma dívida de R$ 300.

João Lucas foi preso, na manhã desta terça-feira (18), enquanto dormia em sua residência, no bairro de Verolme, em Angra dos Reis, na Costa Verde, por agentes que cumpriram mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Ele não resistiu à prisão.

Segundo o delegado, João Lucas vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e pode pegar até 30 anos de prisão.

"Um crime por motivo fútil, uma cobrança de dívida, torna o homicídio qualificado elevando a pena máxima de 20 para 30 anos", afirmou.

Conhecido como "Cangaceiro", João Lucas confessou aos policiais que matou o amigo por conta da dívida e disse que perdeu o revólver usado no crime, que foi cometido em 11 de outubro de 2011, no bairro de Japuíba.

Denúncias de crimes em Angra dos Reis podem ser feitas pelo WhatsApp da delegacia. O número é (24) 99935-1747. O anonimato é garantido.