Exposição conta história da tribo indígena dos KadiwéuDivulgação

Rio – A Biblioteca Parque Estadual, no Centro, recebe, a partir desta quarta-feira (26), uma exposição gratuita que conta a história da tribo indígena dos Kadiwéu, objeto de estudo do pensador brasileiro Darcy Ribeiro. A exibição imersiva é parte de projeto que também prevê o lançamento de um edital com o intuito de premiar cinco empreendedores culturais do estado com R$ 50 mil. As inscrições serão abertas na próxima terça-feira (1).
"Esse projeto contempla diversas vertentes, fomentando a economia criativa através do edital, e homenageando um grande personagem brasileiro com a exposição. Os visitantes vão poder vivenciar um pouco da importância de um dos nossos maiores referenciais, que é o Darcy, uma pessoa que empoderou a cultura indígena e negra, inclusive no nosso estado. É um reforço ainda mais potente da identidade da nossa gestão à frente da cultura", destacou a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.
Visitantes da exibição são recebidos com um texto de apresentação e uma linha do tempo com fotografias. Em seguida, são acompanhados por um guia e levados a um passeio pela história da cultura indígena da tribo dos Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul. Na mostra, é possível ver cenas da vida cotidiana, dança, grafismo, guerreiros e ceramistas, uma seleção de peças de cerâmica e a documentação da grande festa dos povos originários em homenagem aos mortos ilustres, o Quarup do Xingu.
"Darcy Ribeiro pensou o país com muito amor, com muita competência, com muita erudição, com muita pesquisa, com muita reflexão. São poucos os países que produziram intelectuais capazes de esquadrinhar a sua história e sua formação social como Darcy fez com o Brasil: na política, na educação, na educação básica, na universidade. Darcy é um monumento intelectual da nossa identidade nacional. Celebrá-lo é celebrar a nós mesmos", afirmou Milton Guran, curador da mostra.
Além da exposição e do edital, o projeto “100 anos Darcy Ribeiro” prevê, sob a coordenação da fundação que leva seu nome, a realização de um ciclo de palestras e debates sobre as ideias e realizações do pensador na área da educação. Esses eventos serão realizados entre novembro e dezembro deste ano no Auditório Darcy Ribeiro da Biblioteca Parque Estadual e no Núcleo Avançado em Educação (Nave), também conhecido como Colégio Estadual José Leite Lopes, no bairro do Andaraí, Zona Norte do Rio.
"Sem dúvidas, Darcy é um dos mais notáveis brasileiros. E a melhor maneira de homenageá-lo é dar continuidade ao seu legado. Ele deixa um exemplo fantástico para o povo brasileiro e uma grande contribuição para a cultura nacional. Será um prazer garantir a oportunidade para que mais pessoas conheçam o seu trabalho", ressaltou Toni Lotar, conselheiro da Fundação Darcy Ribeiro.
A Exposição imersiva “Darcy Ribeiro: dos Kadiwéu ao Quadrup” é gratuita e está aberta durante os dias de semana, entre 10h e 17h, até o dia 8 de novembro. A Biblioteca Parque Estadual, onde a mostra acontece, é localizada na Avenida Presidente Vargas, 1261, Centro.
Todo o conteúdo da exposição possui texto em Libras, os guias são treinados na linguagem e os espaços contam com audiodescrição. Além disso, o teatro disponibiliza elevador e banheiro adaptados. Para ter acesso, basta o visitante utilizar a entrada principal da Biblioteca Parque Estadual.

Sobre o edital
As inscrições ficam abertas do dia 1 a 27 de novembro e serão destinadas para propostas que tenham ligação com a vida ou obra de Darcy Ribeiro. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site . Em caso de dúvidas, os candidatos podem escrever uma mensagem para o e-mail: 100anosdarcyribeiro@gmail.com.

Podem participar pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que desenvolvam atividades artístico-culturais. As propostas podem ser inscritas para gerar qualquer tipo de produto – livros, filmes, sites, álbuns musicais, vídeos, intervenções artísticas, podcasts, entre outros – ou evento cultural, como exposições, feiras, seminários, simpósios e espetáculos presenciais ao vivo. Serão aceitos também projetos de pesquisa, desde que o resultado seja disponibilizado gratuitamente ao público. As produtoras contempladas terão seis meses para realizarem suas propostas e disponibilizarem-na para o público.