Rio - O governador reeleito Cláudio Castro (PL) determinou que o Batalhão de Choque da Polícia Militar libere qualquer estrada do estado que estiver com tráfego interrompido devido a manifestações dos caminhoneiros apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), e que atue em apoio à Polícia Rodoviária Federal, dando prioridade ao diálogo para o cumprimento da ordem legal. Segundo Castro, o direito de ir e vir das pessoas não pode ser tomado e a população não deve ser prejudicada.
De acordo com a Polícia Militar, a corporação está atuando em 33 pontos de bloqueio em todo o estado, que ocorrem em vias expressas, rodovias estaduais e federais que estão com o tráfego interrompido pelas manifestações. Em alguns pontos a PM informou que tem conseguido garantir o trânsito em meia pista. Enquanto, nas rodovias federais, as equipes vem trabalhando em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Já no Sul Fluminense, os batalhões estão reforçando o patrulhamento nas vias de acesso às cidades e empregando 20 duplas em motocicletas para fazer o policiamento no interior do engarrafamento para prevenir e coibir incidentes.
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As manifestações ocorrem pelo segundo dia, com os protestos nas estradas do Rio. Isso porque alguns eleitores não aceitaram o resultado das eleições que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reivindicam que as Forças Armadas promovam uma intervenção militar, o que é proibido pela Constituição Federal.
Na noite de segunda-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a desobstrução imediata de rodovias e vias públicas que estejam ilicitamente com o trânsito interrompido. A decisão também estipulou multa de R$ 100 mil por hora para donos de caminhões que estejam sendo usados nos bloqueios.
Também na noite de ontem, a Justiça Federal determinou que a PRF interrompa as manifestações de caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em rodovias federais de todo Brasil e a remoção de pessoas, veículos ou objetos que obstruam o tráfego na rodovia, com uso de aparelhos e guinchos ou com reforço policial.
A decisão prevê multa diária de R$ 5 mil por pessoa física participante e por pessoa jurídica que lidere ou preste apoio ao movimento. Após a decisão, o comando da instituição confirmou que irá realizar o cumprimento da ordem judicial e que a desocupação das pistas será feita principalmente através do diálogo e da negociação.
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