A Secretaria Municipal de Defesa e Proteção Animal encontrou mais de 60 animais em condições degradantesFoto: Divulgação/Smdpa

Rio - Uma equipe da Secretaria Municipal de Defesa e Proteção Animal (Smpda) resgatou, na manhã desta terça-feira (8), 63 animais em situação degradante de uma fazendinha localizada no condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A ação, que contou com o apoio do Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (CCZ), foi resultado de denúncia de maus tratos feita pelos próprios moradores do local.
Durante a fiscalização, os agentes encontraram instalações inapropriadas, com sujeira por toda parte, além de gaiolas apertadas para acomodação dos bichos. Muitos deles estavam machucados, e debilitados. Alguns sequer dispunham de alimentação, ou, em outros casos, os alimentos estavam impróprios e estragados. Além disso, os reservatórios de água apresentavam larvas e insetos.
Ao total, foram apreendidas 21 galinhas, 15 jabutis, 14 galos, cinco coelhos, quatro gansos, três patos e uma cabra.
Na área destinada aos jabotis, foi possível perceber que eles estavam há vários dias sem se alimentar e apresentavam deformidades nos cascos - devido à desnutrição - assim como uma cabra, que mal conseguia ficar de pé.
Os animais mais debilitados receberam atendimento no local e, juntos com os demais, serão levados ao abrigo público Fazenda Modelo, no bairro de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Lá eles vão continuar em tratamento e devem ganhar, inclusive, um novo nome.
O secretário da pasta, Vinícius Cordeiro, ressaltou a importância das denúncias para a ação efetiva dos agentes. "Temos procurado intensificar as ações da nossa fiscalização, mesmo com o aumento da demanda de vistorias que nosso órgão tem recebido. Mas insistimos para que a população não deixe de denunciar as situações irregulares pelo canal da prefeitura", disse.
 
Segundo ele, o trabalho conjunto entre diversos órgãos de defesa da causa animal foi essencial para o sucesso na operação. "Um dos motivos do êxito em ações como essa, é a integração de organizações não governamentais, e de diversas estruturas do poder público, como as polícias civil e militar, além de órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil, por onde recebemos essa denúncia", destacou.
Procurada, a administração do Condomínio Novo Leblon não se manifestou sobre o ocorrido. O espaço segue aberto para posicionamento.