Felipe dirigia alcoolizado quando seu carro atingiu o veículo do sargento da Marinha Diogo da Silva, na Autoestrada Lagoa-Barra, em São ConradoReprodução

Rio – O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) condenou, nesta segunda-feira (7), o surfista de ondas grandes Luis Felipe Cesarano Fernandes Pinto, a cinco anos e seis meses de prisão em regime semiaberto por homicídio culposo do sargento da Marinha, Diego Gomes da Silva, de 36 anos, em dezembro de 2020. Felipe, também conhecido como 'Gordo', poderá recorrer em liberdade até o trânsito em julgado da ação.

Segundo a decisão, a juíza Simone de Faria Ferraz, da 23ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou que Luís "não poderá dirigir veículos automotores por igual período ao da pena e está proibido de deixar o país, tendo 24 horas para entregar o passaporte".
Para a magistrada, "o que resta notório é que, após aproveitar uma noite regada a bebidas, o réu pegou seu automóvel, atingiu velocidade absurda e injustificável, atravessou o canteiro e atingiu o carro de uma pessoa que estava dirigindo-se ao seu emprego e que nada tinha a ver com a situação. A propósito, dirigir de forma perigosa e imprudente parece ser algo habitual e normal para o réu - neste sentido, temos o prontuário de infrações do Detran, que constam 124 (cento e vinte e quatro) multas, sendo 88 (oitenta e oito) ou cerca de 70%, referentes a excesso de velocidade".
Relembre o caso

Felipe dirigia no sentido Zona Sul da Autoestrada Lagoa-Barra quando perdeu o controle do veículo, subiu no canteiro divisor da via, invadiu a pista contrária e bateu de frente no carro do militar. O laudo pericial estimou a velocidade do automóvel do réu no momento da colisão entre 123 km/h e 144 km/h. Dentro do veículo foram encontradas quatro garrafas de cerveja e a comanda de uma boate onde Luis Felipe estava antes do acidente, que apontava a compra de dois litros de vodca.