A jovem teve escoriações no tórax após o crimeFoto: Reprodução

Rio - A Polícia Civil prendeu, na quinta-feira (17), um homem suspeito de estuprar uma jovem de 23 no bairro do Cascatinha, em Petrópolis. Ele teria se aproveitado de participar de um churrasco onde a vítima mora para cometer o crime. A autor, que tem 50 anos e trabalha como motorista de ambulância na cidade, já respondia por outro crime semelhante, em 2010.
A vítima, que é casada, mora em uma residência alugada em uma vila que, anteriormente, foi ocupada pelo suspeito. Ela relatou que ele possuía uma cópia da chave, fato pelo qual, inclusive, já tinha questionado o proprietário do imóvel. No entanto, o objeto ainda não tinha sido devolvido.
Segundo a mulher, no último dia 11 de novembro acontecia uma confraternização entre os inquilinos da vila. Por conhecer os vizinhos, o agressor estaria entre os participantes do evento. "Ele estava lá porque conhecia todo mundo, da época em que morou na casa. Foi convidado pelas outras pessoas", disse.
Em determinado momento, o motorista foi à antiga casa da mulher e disse que "testaria a chave para devolvê-la". "Eu estava sozinha em casa porque o meu marido estava trabalhando. Por volta das 13h30, ele tocou a campainha e pediu para testar a chave. Quando eu abri a porta, ele entrou e me empurrou para o quarto", relatou.
Já dentro do imóvel, ele a teria forçado a ter relações sexuais. Quando a vítima tentou se proteger, ele subiu com os joelhos nos braços da jovem e cometeu o crime. Devido à violência, a mulher teve escoriações nos braços e no tórax. Após a agressão, o suspeito fugiu. A vítima então saiu de casa e pediu ajuda a um vizinho, que seria policial, mas não conseguiram localizar o criminoso.
Em seguida, ela foi à 105ª DP (Petrópolis), onde registrou ocorrência. Na delegacia, foi informada que o homem já respondia por outro estupro, cometido no ano de 2010. O Disque Denúncia chegou a oferecer uma recompensa por informações que levassem à prisão do motorista.
A Polícia Civil informou que agentes do setor de inteligência da corporação realizaram diligências para localizar o suspeito e, após a investigação, cumpriram um mandado de prisão temporária, que havia sido expedido pela Justiça.
A jovem relatou que o sentimento após a prisão do homem é de alivío. "Fica um sentimento de dever cumprido. Eu já não dormia direito, precisava tomar remédios para me acalmar. Agora vou poder ficar um pouco mais tranquila, em saber que ele não está mais solto na rua", desabafou.