Zelada já havia sido condenado anteriormente, quando foi preso na 15ª fase da Operação da Lava JatoReprodução
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, no dia 18 de novembro, o ex-diretor foi procurado, em 2006, pelos empresários Julio Faerman e Luís Eduardo Campos, representantes da empresa holandesa SBM, para obterem benefícios para a empresa Jurong Shipyard, que construía a plataforma P-50. A negociação levou a empresa a ganhar um aditivo de 67,5 milhões de dólares no contrato com a petrolífera brasileira para conversão de um navio na plataforma P-50. Zelada elaborou o relatório que justificou esse valor do aditivo.
"Zelada orientou Faerman e Luis Eduardo Campos quanto aos argumentos que a Petrobras aceitaria em questões como as versadas na negociação, auxiliando nos resultados obtidos contra a empresa que o empregava, tendo praticado ato de ofício no procedimento, em conflito de interesses, e violado dever funcional quando ocupava cargo de chefia", disse denúncia encaminhada à Justiça.
Ainda segundo a investigação, por este aumento nos ganhos da empresa, Zelada recebeu propina na Suíça. Faerman e Campos, receberam 5,5 milhões de dólares também no exterior. Em depoimentos à Justiça, Faerman e Campos confirmaram a história. Faerman foi condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro a dois anos e nove meses de reclusão, que serão convertidos em duas penas alternativas, enquanto Luís Eduardo Silva, foi condenado pelos mesmos crimes a oito anos e três meses de reclusão, que serão substituídos por dois anos de prisão em regime aberto.
Ainda de acordo com a decisão, os três poderão recorrer em liberdade.
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