Exposição ocupa espaço de 200 metros quadrados, no quarto piso, do prédio histórico do CCBB, no Centro do RioDivulgação

Rio - O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ) inaugurou, no último dia 19, sua nova mostra de longa duração sobre a história do dinheiro no Brasil e no mundo. Chamada de "Do Sal ao Digital", a exposição deve abordar as relações de troca ao longo dos séculos e seus impactos na sociedade. A área da mostra fica no quarto andar do prédio histórico, no Centro do Rio, com entrada franca. 
De acordo com a direção do CCBB, o acervo traz uma narrativa que explora a origem do dinheiro como mediador de trocas e traz uma abordagem especial sobre o tema, com foco na história do Brasil dentro da complexa rede comercial global. A mostra conta com notas, moedas e importantes documentos históricos do nosso país, além de moedas de outros países.

A exposição acompanha as mudanças sofridas pelo dinheiro ao longo dos anos e as tendências da sociedade contemporânea, por meio das notas e moedas. A ideia, segundo o CCBB, é não apenas apresentar um olhar sobre as instituições financeiras, mas também um relato sobre o desenvolvimento sociocultural e econômico da humanidade.
"A relação das pessoas com a tecnologia atravessa a história da humanidade e a criação de mecanismos de troca está no cerne do desenvolvimento das sociedades. A Galeria de Valores, inaugurada no CCBB Rio de Janeiro em 2008, com a curadoria minuciosa de Denise Mattar, foi a primeira grande mostra com acervo nacional e internacional de numismática do Banco do Brasil, um dos mais importantes do país. Esta exposição foi responsável não só por organizar essas peças e dar a elas uma disposição narrativa consistente, mas pelo mérito de ser reconhecida pelo público por seu caráter didático, que atendeu ao longo dos anos muitos grupos escolares acompanhados pelo Programa CCBB Educativo”, conta Sueli Voltarelli, Gerente Geral do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.
“Agora, Do sal ao digital mantém essa característica de aproximação com os mais diferentes públicos e tem a responsabilidade de atualizar seu conteúdo, traçando os caminhos do dinheiro até a era digital, que revolucionou os meios de trocas comerciais, mantendo-se atenta aos objetivos de promover o conhecimento, preservar e dar acesso ao patrimônio histórico e cultural e abordar temas como educação financeira de forma leve, divertida e descomplicada”, conclui a gerente.

Além de mais de 800 moedas e cédulas, a exposição também tem mapas, atividades interativas, iconografia histórica, obras de arte contemporânea exclusivas. Dentre os itens expostos, alguns tem mais destaque, como a histórica cédula de 500 cruzeiros, que comemorou os 150 anos da Independência do Brasil; a peça da Coroação de D. Pedro I, que nunca foi posta em circulação e é uma das mais raras da numismática brasileira; e a moeda nacional conhecida como dobrão de 20 mil réis, de 1.724, uma das moedas de ouro mais pesadas da história, com 53,8 gramas. Para se ter uma ideia, a atual moeda de 1 real pesa menos que 8 gramas.
Novas obras
Mas também há peças recentes no acerto, como a pintura As Galinhas dos Ovos de Ouro, de Victória Santiago, inspirada na famosa fábula homônima sobre a ânsia pela riqueza e poder a qualquer preço; e Stockage, da artista brasileira Luzia Simons, sobre a “mania de tulipas” e sua relação com o que foi considerada a primeira bolha especulativa do mundo.
A exposição Do Sal ao Digital ocupa uma área de 200 metros quadrados no quarto andar do CCBB. A mostra terá três núcleos, que irão explorar diferences conceitos relacionados a moedas, valores, economia, território e identidade. Uma das áreas da mostra, inclusive, traz reflexões sobre a relação moderna com o dinheiro digital e o PIX. 

Patrimônio
O acervo numismático do Banco do Brasil é composto por moedas, cédulas, medalhas, valores impressos nacionais e internacionais, e outras peças ligadas ao dinheiro. A coleção, considerada uma das mais importantes do país, começou a ser formada em 1936 e reúne hoje cerca de 38.000 peças. O acervo começou a ser formado a partir da aquisição, em 1937, da coleção particular de moedas e cédulas brasileiras de J. Garcia de Moraes e Paulo Guimarães Masset, incluindo parte da “Coleção Julius Meili”. Em 1955, o Museu e Arquivo Histórico foi inaugurado no 16º andar do Edifício Visconde de Itaboraí, na Avenida Presidente Vargas esquina com a Avenida Rio Branco.

Serviço

Do sal ao digital: o dinheiro na coleção Banco do Brasil

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – 4º andar - Centro, Rio de Janeiro (RJ)

Telefone: (21) 3808.2020

Funcionamento: segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, das 9h às 21h; domingos, das 9h às 20h (fecha às terças)

Classificação indicativa: livre

Entrada franca.