Rio - Policiais do 5° BPM (Praça da Harmonia) e do 17° BPM (Ilha do Governador) realizaram, na tarde de sexta-feira (2), uma ação contra bingos clandestinos que funcionavam nas regiões do Centro e Zona Norte do Rio. Na área do 5° BPM, os agentes localizaram um estabelecimento ilegal após informações repassadas pelo serviço do Disque Denúncia ao 1° Comando de Policiamento de Área.
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O bingo operava na Rua dos Andradas próximo à Praça da República. Na ação, cinco pessoas foram conduzidas à 4ª DP (Praça da República), sendo elas dois funcionários e três clientes que estavam no interior do estabelecimento no momento da ação. No local, os agentes também apreenderam 62 máquinas caça-níqueis.
Já na região da Ilha do Governador, outras 19 máquinas de jogos de azar foram apreendidas por policiais do 17° BPM. De acordo com o comando da unidade, o responsável pelo estabelecimento que funcionava na Avenida Paranapuã foi conduzido à 37ª DP (Ilha do Governador), onde a ocorrência foi registrada.
Operação do MP prende quatro policiais envolvidos com jogos de azar
A ação que ocorreu por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), teve como foco principal os agentes que se uniram para realizar, de forma permanente e estruturada, a cobrança de vantagens indevidas de proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição para permitir o funcionamento de tais estabelecimentos. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Todos os mandados foram cumpridos, com a prisão dos policiais civis Marcelo Flora Lemos, conhecido como Marcelão; Alcino Luiz Costa Pereira; Alair do Rosário Ribeiro dos Santos Junior, conhecido como Bambam ou Junior Bambam e Bruno Montes da Silva, o Brunão. Também foi denunciado, sem mandado de prisão, Pietro Conti Rodrigues.
Inicialmente, a investigação foi instaurada para apurar crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após notícia crime sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares e civis. No curso da investigação, foram identificados três grupos criminosos que utilizam diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, como: corrupção de policiais militares e civis e uso da violência para a conquista de território. Os integrantes de tais grupos foram alvo da 1ª fase da operação, deflagrada na terça-feira (29).
Além de tais grupos criminosos, também foi identificada essa organização criminosa, composta por policiais civis, que se estruturou solidamente para viabilizar o esquema reiterado e sistêmico de corrupção, mediante a cobrança de propina junto a proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição, feita por policiais lotados na Delegacia de Proteção à Mulher. Procurada, a Polícia Civil informou que a Corregedoria-Geral atua em apoio à operação do Gaeco/MP e instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar responsabilidade administrativa disciplinar dos servidores.
"A Corregedoria também solicitou acesso às investigações e aguarda o envio dos documentos para andamento aos processos administrativos necessários. A Polícia Civil não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade", disse em nota.
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