Os presos foram encaminhados para a Cidade da PolíciaReginaldo Pimenta/Agência O DIA

Rio - A Polícia Civil realizou uma operação para combater crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na Internet. Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e três pessoas foram presas em flagrante, nesta terça-feira (6).

A ação é uma mobilização nacional que conta com a participação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi). Ao todo são 125 mandados em 18 unidades da federação e outros quatro países como Argentina, Estados Unidos, Equador e Panamá.

Os presos foram encaminhados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte. De acordo com a delegada DCAV, Débora Rodrigues, a busca visa encontrar nos computadores dos investigados materiais pornográficos de crianças e adolescentes.

“O conteúdo pornográfico geralmente é compartilhado muitas vezes, a pena nesse caso é de 3 a 6 anos de reclusão. Mas muitas vezes não conseguimos fazer o flagrante do compartilhamento, mas conseguimos fazer do armazenamento, porque geralmente está armazenado no computador, para isso a pena é de 1 a 4 anos”, explicou.

Dentre os presos, um deles possuía um estúdio em casa. Ainda segundo a delegada, muita das vezes os suspeitos usam fotos das próprias famílias das vítimas que conseguem nas redes sociais.

“Eles usavam fotos nossas, das nossas famílias, por exemplo você vai à praia de biquíni com sua filha e eles usam essa própria imagem. Fica difícil falar para as pessoas não compartilharem, mas só tem que ter cuidado porque muitas das vezes o que pra gente não tem caráter pornográfico ou erótico, para o pedófilio é suficiente”, explicou.
Durante as apreensões foram encontrado nos computadores dois armazenamentos de material pornográfico e um compartilhamento.
“A operação detecta pessoas que tenham compartilhamento imenso, e na hora que os agentes chegaram para cumprir um dos mandados estava sendo compartilhado um conteúdo, porque eles usam um programa pesado, deixam compartilhando e vão fazer outra coisa, então da para detectar", relatou a delegada.
A delegada esclareceu também que os crimes cometidos na internet demandam mais tempo de investigação mas são descobertos. 
"Tem gente que tenta esconder, mas a perícia vai descobrir. Tivemos um bom resultado, eles podem se esconder mas vamos encontra-los, as pessoas acham que a internet é terra de ninguém, mas não é não", finalizou.