O jacaré se aproximou no momento em que estava sendo realizado um piquenique no localReprodução

Rio - Um jacaré assustou visitantes ao se aproximar de um piquenique que estava sendo realizado no Parque Municipal Bosque da Barra, na Zona Oeste, no último domingo (4). Na filmagem, é possível ver o exato momento em que o animal sai do lago e se chega perto de uma toalha com vários pratos de comida estendida no chão.

Com a aproximação do animal, todos se afastaram e algumas mulheres começaram a retirar as comidas do lugar. Uma delas ainda chegou bem perto para retirar um bolo. Pelas imagens, o jacaré parecia que atacaria os alimentos que estavam próximos.


Na tentativa de o afastar, uma visitante ainda jogou pedaços de comida próximo ao lago para tentar fazer com que o animal fosse para longe, o que aparentemente deu resultado.

As indicações gerais de biólogos nessas situações é de manter a distância e não alimentar os animais. De acordo com a Riotur, situado na Avenida das Américas, na Zona Oeste, o Bosque da Barra possui 50 hectares. O parque foi criado visando a preservação ambiental, especialmente da vegetação de restinga, da paisagem natural e da fauna local e permite a observação dos jacarés-de-papo-amarelo, aves, borboletas, capivaras, saguis e do bicho preguiça.

Procurada, a Secretaria Municipal do Ambiente e Clima esclareceu que não é possível afirmar a data em que o vídeo foi gravado, mas destacou que as imagens não mostram as placas já instaladas há meses no parque, em três idiomas, sobre os cuidados com os animais silvestres, inclusive, a orientação de não alimentá-los. Além disso, o órgão esclarece que os guardas municipais que atuam no local, fazendo ronda por toda a área do parque, não foram acionados para nenhuma ocorrência recente relativa ao fato.

"Os tocos de madeira que aparecem no vídeo, posicionados após estudos sobre os hábitos desses animais, representam a delimitação da área que os jacarés não ultrapassam. Por isso, não é comum que os animais cruzem a cerca. Vale destacar que o jacaré-de-papo-amarelo não ataca, a menos que se sinta ameaçado.
Vale ressaltar, ainda, que já estavam programadas ações de educação ambiental, no período de férias escolares, para orientar os visitantes sobre como proceder com animais silvestres, a fim de evitar qualquer tipo de intercorrência", complementou em nota.