Rio - Imagens de câmeras de segurança mostram que o motorista que atropelou e matou o pedreiro Carlos Eduardo Oliveira da Silva, de 32 anos, em Niterói, estava em alta velocidade e não parou para prestar socorro. No vídeo também é possível ver que a rua estava vazia, contrariando a versão do condutor Jhonatan Santos Fonseca, que afirmou temer ser linchado por populares. Veja o vídeo abaixo.
Carlos estava conversando com uma amiga, na madrugada do dia 13 de outubro, na Estrada Francisco da Cruz Nunes, em Niterói. Às 3h45, ele se vira para a rua, olha para os dois lados e calmamente atravessa a via. No entanto, momentos depois, o veículo conduzido por Jhonatan surge em alta velocidade e o pedreiro é atropelado brutalmente. O impacto foi tão forte que a parte da frente do carro ficou destruída.
Em um outro ângulo, mais à frente da Estrada Francisco da Cruz Nunes, é possível ver que mesmo depois do atropelamento Jhonatan não reduziu, fugindo do local do acidente.
Veja o vídeo:
Carro em alta velocidade atropelou e matou o pedreiro Carlos Eduardo Oliveira da Silva, de 32 anos, em Niterói, no dia 13 de outubro. O motorista foi ouvido na delegacia e liberado.
Carlos morreu na hora. O motorista se apresentou três dias depois do ocorrido na 79ª DP (Charitas), delegacia responsável pelas investigações, e foi liberado.
"No vídeo do acidente é possível ver que passa outros veículos em uma velocidade normal. Aí passa o primeiro carro em alta velocidade e depois o segundo, que foi o que atingiu meu primo. Muita gente que mora ali disse que de madrugada passam vários carros em alta velocidade fazendo racha", disse uma prima do pedreiro.
A defesa de Jhonatan, representada pelo advogado Douglas Assis, disse que o cliente se apresentou de forma espontânea na delegacia informando a placa do veículo envolvido no acidente. "Ele demonstrou estar consternado com o acontecimento, prestou todo o esclarecimento possível e se comprometeu a comparecer sempre que for preciso para solucionar qualquer dúvida", disse a defesa do motorista à reportagem de O DIA.
Ao ser questionado na delegacia sobre o motivo de não ter parado para prestar socorro, Jhonatan disse que ao parar o carro logo à frente escutou gritos de pessoas dizendo: "Pega ele, pega ele". "Por isso ele se retirou do local, para resguardar a sua vida", disse a defesa do motorista.
Familiares e amigos de Carlos Eduardo criticam o fato do motorista ter sido liberado, mesmo depois das imagens de câmeras de segurança mostrar que ele estava em alta velocidade. Ele pedem celeridade nas investigações e a prisão do motorista. "Meu primo não merecia passar por isso. Sempre foi uma pessoa alegre, divertida, vivia rindo, brincando. Era um pai bom e um bom filho também", desabafou a prima. Carlos Eduardo deixou três filhos, sendo um de apenas 1 ano de idade.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.