Por O Dia
O caso do menino Henry joga holofote sobre um problema que muitos tentam colocar para debaixo do tapete: a violência dentro de quatro paredes.

Os dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que mais de 750 crianças e adolescentes, de 1 a 14 anos, morrem por ano, vítimas de violência doméstica.

Morrem de forma suspeita! E em 80% dos casos, as agressões são dos próprios pais.

A gente tem que falar, gritar sobre isso!

Muitos mascaram a tortura, as frustrações que são jogadas de forma violenta em cima da criança, como uma forma de educar... E isso não é verdade!

A força de um adulto é, indiscutivelmente, mil vezes superior à de uma criança.

A gente já falou e deve falar muito sobre violência contra mulher, principalmente durante essa pandemia, mas é preciso pensar que uma mulher é capaz, ou pelo menos deveria ser, de abrir a porta de uma delegacia e denunciar.

Mas e a criança? O que ela faz?

A forma da criança demonstrar tudo isso é por meio de sinais, como fez Henry.

Ele chorava, vomitava, pedia para não voltar pra casa. Ele deu sinais, mas não foi socorrido! Não foi amparado!

E pensar que, pelo depoimento da babá, essa criança tentou, do alto de seus 4 anos, proteger a própria mãe contra esse algoz agressivo, mas não foi protegido por essa.

Lembrando que Monique não só tinha o dever moral, como o dever legal, perante à justiça, de proteger seu próprio filho.
3,2,1... É DEDO NA CARA!
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PINGO NO I
Conversando com uma amiga de infância que trabalha na linha de frente, ela me contou algo que me tocou muito: como é dar a notícia pra quem vai ser entubado... O vídeo de despedida, a última chamada com os filhos.

Mexeu comigo bastante.

E a gente resolveu ouvir essas pessoas que estão na luta... E não há uma que não compartilhe do mesmo sentimento: cansaço.

Eles estão no limite, não suportam mais! Não aguentam viver os últimos momentos de quem tenta, a todo custo, sobreviver.

É uma jornada muito dura para aqueles que na maioria trabalham em 2 empregos, estão cara a cara com vírus, e ainda correm risco de serem infectados ou infectarem alguém que amam.

Já tem profissional pedindo demissão por não conseguir controlar a carga emocional do momento.

“Estou angustiada, chorando direto. Nem aviso prévio eu fiz questão de cumprir, porque não me reconhecia”, conta à coluna uma fisioterapeuta que saiu do emprego.

É, realmente não há soldado que resista!

Então, bora colocar o Pingo no I...

A ordem é vacina, cuidado e reconhecimento. Porque eles precisam e merecem!
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CONTINUA FEIO!
O antes e depois de Dona Maria Aparecida
O antes e depois de Dona Maria Aparecida Arquivo pessoal
Lembram da história da Dona Maria Aparecida, de São João de Meriti, que aguarda há 6 meses por uma cirurgia simples de vesícula?

A coluna contou na última segunda e ficou aguardando uma resposta da prefeitura.

E o jogo de empurra continua... Prefeitura joga pro Estado e vice-versa! E enquanto isso, Dona Cida emagrece mais, como dá pra ver na foto, nesse antes e depois.

A Secretaria de Saúde de São João de Meriti informou em nota que não tem unidade de saúde que faça a cirurgia e que por isso, Cida foi inscrita no SISREG em dezembro, com regime de urgência. Sendo assim, ela tem que esperar a liberação do Estado.

Vão esperar ela cair dura?

Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Só pode ser sacanagem, e tenho dito!