Coluna Isabele Benito - Guerra da milícia na Zona OesteReprodução
Agora, com o reino a mercê dos bandidos, as facções disputam para dizer quem é que manda na quebrada… Uma guerra sem vencedores, aliás só derrotados… E falando em derrota, adivinha quem sai no prejuízo com esse mar de sangue? O povo, que nada tem a ver com a história!
A disputa pela sucessão do “trono” por muito tempo pode gerar uma guerra sem precedentes… O que aconteceu ontem foi só um aperitivo do que virá pela frente caso as autoridades não se posicionem e tomem uma atitude.
Há três meses, quando Ecko foi morto, esta coluna disse exatamente tudo o que aconteceria naquela região, que sofre há anos com a ausência do Estado. Dito e feito… Onde não tem Estado, o comando e o poder mudam de mão!
A morte de Ecko nunca representou o fim das milícias no Rio de Janeiro… Pelo contrário! Era só uma ponta desse iceberg que cada vez mais faz questão de afundar aqueles que não estão nessa guerra. É o trabalhador que pega a sua van pra rodar, o passageiro que precisa do transporte pra chegar no serviço, e assim vai…
Lideranças são substituídas o tempo inteiro neste processo, não há hierarquia que resista, e a polícia sabe disso! De nada adianta ter uma polícia incansável e estratégica se não existe interesse de combate por parte daqueles que governam o Rio.
E o resultado são as cenas lamentáveis de terror que todo mundo parou pra ver ontem. 3,2,1… É DEDO NA CARA!
A família foi avisada da morte e foi até o hospital para reconhecer o corpo. Primeiro erro: chegando lá, o corpo não era dele! Era de um jovem baleado que até agora ninguém sabe quem é!
Segundo a família, o corpo só foi encontrado no IML de Nova Iguaçu, com o atestado de óbito para covid. Mas eles afirmam que ao reconhecerem de fato o corpo de Nilton, foram vistos hematomas na cabeça, que provocou a morte, pasmem, por traumatismo craniano!
“Ele não morreu de covid, deve ter caído da maca e batido a cabeça, tanto que o hospital reconhece esse erro no laudo. Até o travesseiro que ele dormia, eles estão escondendo”, contou Francisco Farias, genro do senhor.
Que loucura… O caso está sendo investigado na 58ª DP (Posse). Bora colocar o Pingo no I…
“É um fedor que não dá nem vontade de comer, chega até a Avenida das Américas. Se já está assim agora, imagina no verão”, conta uma moradora. Um outro morador afirma que já procurou ajuda, sem sucesso.
“O dono do sítio diz que o chiqueiro é legalizado. Já ligamos pro 1746 e pra Vigilância Sanitária, mas ninguém apareceu pra resolver”.
Ah não, gente… Tem que ter algum jeito de resolver esse problema. É claro que os bichinhos não têm culpa, mas conviver com cheiro de cocô de vaca e o risco de doenças, não dá! Eca!!!
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Isso sim é poder dizer que o negócio não está cheirando bem faz tempo, e tenho dito.
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