Segundo pai, jovem de 15 foi vítima de racismo e agredido em clube da Barra da Tijuca; Caso foi registrado na 16ª DP Reprodução

“Meu filho foi agredido por um cara covarde, bem mais velho que ele, só por estar brincando com os amigos. Por que ele fez isso? Só porque ele não é branco?”

A denúncia, bem revoltada, chegou pra gente ontem, durante o fechamento desta coluna…

Era do advogado trabalhista Alberto Benoliel, de São Conrado, contando o que aconteceu com o filho dele de 15 anos na última sexta-feira.

O filho de Alberto, que é sócio do Marina Barra Clube, na Barra da Tijuca, segundo ele estava junto de amigos brincando… Aquela coisa de adolescente, como disse Alberto, de “empurra-empurra”.
Alberto afirma que um sócio, já identificado, que aparenta ter 60 anos, chegou somente em cima de seu filho, mandando ele parar com a brincadeira e o xingando.

“Ele não foi em cima dos outros, só em cima do meu filho, que é pardo e estava usando tranças. Depois que meu filho parou com a brincadeira, o cara ainda deu um soco e uma cotovelada nele. A sorte que ele teve reflexo e desviou, mas mesmo assim ainda foi atingido”, conta Alberto, muito emocionado com a história.

O filho do advogado ficou tão traumatizado com a história que logo que chegou em casa foi tirar as tranças. Nem contar pro pai o que aconteceu ele quis! Contou pra terapeuta, que recomendou que ele falasse com a família sobre.

“Ele ficou com medo da minha reação, mas a gente sente que mexeu muito com ele. A sorte que o jovem esquece rápido, só que eu não posso permitir que fique por isso mesmo. Em pleno século XXI, racismo é um absurdo”.

Alberto registrou o caso na 16ª DP (Barra da Tijuca) e agora aguarda as imagens das câmeras de segurança. Segundo ele, o clube ainda não tomou qualquer providência a respeito do sócio.

“Parece que querem fazer mea-culpa, abafar o caso, mas eu não vou deixar”, finaliza.

A coluna entrou em contato com o Marina Barra Clube, que informou que a ouvidoria social já estava fechada e pediu para que ligássemos depois.

Nós vamos ligar novamente e acompanhar as investigações, até porque uma situação dessa não pode ficar assim. Ninguém tem o direito de agredir ninguém, ainda mais filho dos outros! Seja por condição social, por cor de pele, por nada! Nada justifica.

3,2,1… É DEDO NA CARA!
TÁ COMPLICADO!
A coluna continua em cima do caso da Dona Maria da Conceição da Silva, que nós mostramos aqui na segunda-feira. Ela luta há cinco anos por uma cirurgia pra retirar um mioma.
Primeiro fomos atrás da Secretaria Estadual de Saúde, que afirmou em nota que Dona Maria não está inserida no Sistema Estadual de Regulação e que as regulações de cirurgias eletivas dentro do município do Rio de Janeiro são realizadas pelo SISREG. Ou seja, com a Prefeitura!
Então, fomos atrás da Secretaria Municipal também… Afinal, alguém tem que responder por ela! A secretaria informou que Dona Maria da Conceição foi regulada para consulta de cirurgia ginecológica, marcada para o dia 12 de janeiro de 2022, no Instituto Fernandes Figueira, onde já vinha sendo acompanhada, mas a paciente não compareceu ao agendamento. Dona Maria nega a informação, diz que a consulta foi cancelada.
A coluna novamente falou com a secretaria, e informou que todas as marcações de consultas são feitas exclusivamente pelo Instituto Fernandes Figueira.
Vamos atrás do Instituto então!
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Tá puxado, só que Dona Maria não vai ficar na mão, isso eu garanto, e tenho dito!