Sarah Pereira, morta na semana passada, ao lado dos dois filhos: crianças precisam de doações Reprodução

Marcadas pela vida, estão duas crianças. Entre elas, um recém-nascido de 60 dias, que estava na cena do crime ao lado da mãe e do irmão de 4 anos. Hoje, elas estão sob a guarda da avó, do tio e da tia, que também estava na cena do crime, e não sabe como sustentá-las.
O drama sofrido por Sarah Pereira, morta covardemente no Centro do Rio pelo ex-companheiro, traz desdobramentos de partir o coração.
Todo mundo acompanhou a tragédia e agora, quase uma semana depois, as crianças estão praticamente órfãs de mãe e de pai, já que ele está preso… E espero que fique por muito tempo.
Mas se hoje já é difícil sustentar filhos tendo pai e mãe, imagine sem?! Eles precisam de tudo! Tem um recém-nascido nessa história…
Nas redes sociais, uma corrente do bem se formou para conseguir doações para os dois filhos de Sarah. O menino de 4 anos precisa de roupas tamanho 6 e calçados número 32.
A bebê de 2 meses ainda precisa de mais: fraldas tamanho M, pomada para assaduras, lenços umedecidos, roupinhas, mamadeiras e o leite APTAMIL 1.
Sarah foi vítima da maldade, do ódio e os filhos dela também!
Assim como os filhos dela, o de tantas outras vítimas de feminicídio são alvos indiretos dessa tragédia.
Filhos pequenos marcados pela história da violência no centro de casa, na base do começo de uma vida.
Mães mortas pelos maridos ou ex-companheiros não tem sua história finalizada ali, o efeito colateral do feminicídio é danoso demais.
Não é só ser órfão, é em sua maioria perder a mãe de forma violenta praticada pela figura paterna.
O dano é imensamente maior. Não só a ausência, mas o luto como o ciclo de perversidade marcado na testa.
Quem puder ajudar com qualquer doação, o telefone para contato é: (21) 99102-1387.
PINGO NO I
“Isabele, tenho 41 anos, me ajuda a começar o tratamento de câncer de mama?”

Ontem, durante a minha “caixinha de perguntas” que faço no Instagram, me veio esse pedido…
E aí eu pensei: é claro que é muito importante a gente falar, fazer campanha no “Outubro Rosa”, embora a gente saiba que a realidade é bem diferente.
Infelizmente, são poucas as mulheres que conseguem ter acesso ao tratamento na rede pública.
Falar sobre o autoexame, da prevenção é fundamental, mas lutar para que essas mulheres consigam a mamografia e que os aparelhos funcionem é vital!
Quanto mais rápida a identificação e o tratamento do problema, mais mulheres vão encontrar cura.
O desamparo do sistema público de saúde para com vidas femininas ainda é enorme!
Depois ainda questionam o porquê de tantas mulheres batalharem por um espaço na política. É pra isso! Para que todas nós tenhamos acesso aquilo que é de direito.
Em relação ao pedido em questão, a gente vai cobrar por ela. Enfrentar essa barra sozinha ela não vai!