Por aline.cavalcante

A Baixada Fluminense possui um grande potencial ambiental, patrimonial e histórico. São pontos que merecem ser visitados para conhecimento, conscientização e empoderamento deste enorme patrimônio. Vamos viajar por um roteiro que começa pela cidade de Nova Iguaçu.

Atravessamos a Rodovia Presidente Dutra em direção a localidade de Miguel Couto e logo adiante chegamos ao bairro de Vila de Cava. De lá, seguimos pela Estrada Federal de Tinguá. Depois de 1,5 km de caminhada faremos nossa primeira parada: Fazenda São Bernardino. O local foi construído em 1875 e foi tombado pelo IPHAN, em 1951, como Patrimônio Artístico Nacional. Um incêndio criminoso em 1982 deu fim ao cartão postal histórico da cidade, que hoje encontra-se em total abandono.

Fazenda São Bernardino é patrimônio histórico da cidadeDivulgação


O próximo ponto fica mais adiante. A menos de mil metros, também à direita da Estrada Federal, estão as ruínas da Igreja de N. S. da Piedade de Iguassú. Da arquitetura original restou apenas a Torre Sineira, perdida entre pequenos morros e de um cemitério, onde se enterrava os homens, mulheres, ex-escravos e crianças que viveram como excluídos na sociedade iguaçuana.

Seguindo o caminho, entramos na Estrada Velha de Iguassú, onde está o inicio do calçamento original da Estrada do Comércio e o Largo do Lava Pés.

Continuando na estrada vamos até o Porto de Iguassú, construído após 1942. Aí está um dos mais importantes sítios históricos de Iguassú Velho. O local foi o centro agitado da Vila (Praça do Comércio), de onde podem ser vistas as ruínas da Cadeia. Próximo ao leito do Iguassú, ficam as ruínas da Câmara Municipal.

Voltando ao Caminho do Comércio – rumo ao local Marambaia – próximo ao antigo ponto de união das águas do Iguassú e Utum, está o Porto dos Passageiros.

Deixando a antiga Vila de Iguassú, voltamos para a Estrada Federal e continuamos seguindo em direção a Tinguá. Na chegada, atravessamos uma ponte estreita e dela podemos ver as tubulações d’água (construído em 1875-1885) assentados pela Estrada de Ferro Rio D’Ouro que captam água na represa de Tinguá para servir a cidade do Rio de Janeiro. 

A primeira vista do bairro é uma linda praça com árvores centenárias, lojas de guloseimas, onde encontramos os famosos bolinhos de aipim, especiaria do local. Também na praça está a última Estação da Estrada de Ferro Rio D’Ouro, pelo Ramal de Tinguá.

Seguindo um caminho à esquerda, chegamos a outro trecho da Estrada do Comércio. Ainda bem conservado, podemos apreciar belíssimas cachoeiras no local. 

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