Por luana.benedito
Rio - O Americano Futebol Clube pretende voltar a ser o “glorioso” de Campos dos Goytacazes. Só que para brilhar novamente nos gramados da elite do futebol do Estado do Rio, o alvinegro campista vai precisar suar, e muito, a camisa. Longe da primeira divisão do estadual desde 2013, o primeiro desafio do clube já começa a rolar a partir de maio, quando vai estrear na Série B do Campeonato Carioca, tendo pela frente rivais como os tradicionais América, Olaria, Friburguense e o arqui-inimigo Goytacaz, entre outros.
Sem disputar a primeira divisão do Campeonato Carioca desde 2013%2C o alvinegro campista vai precisar suar a camisa para fazer bonito na Série B Divulgação

Para o presidente do Americano, Luciano Viana, a principal dificuldade dos clubes que participam da Série B é a maratona de jogos. Ele destaca ainda um outro problema, a questão financeira. “Na segunda divisão não temos a cota de televisão, que ajuda bastante todas as equipes. Mas estamos com todos os salários em dia e assim permaneceremos. Outro desafio da segundona é que é um campeonato bastante longo e cansativo”, pondera.

Luciano Viana destaca que para não fazer feio na Série B, o Americano aposta na na prata da casa, que é formada por um elenco com idades entre 23 e 25 anos. Ainda segundo ele, o Americano não tem estrelas, mas a força do conjunto servirá para conquistar o título e voltar à Série A em 2018. “Nossa expectativa é fazer um bom campeonato e, enfim, voltar à primeira divisão”, prevê Viana.

O presidente também aposta na continuidade do trabalho desempenhado pelo técnico João Carlos Ângelo, que está à frente do clube desde 2015. “A não ser que ele receba uma proposta irrecusável, esperamos contar com ele, que já conhece nossa estrutura e a grande maioria dos jogadores”, ressalta.

Ex-jogador do clube, o presidente Luciano Viana acredita ser possível superar as dificuldades da Série B e voltar à primeirona. Ele lembra que, em 2002, ainda atuando no Americano, conquistou a Taça Guanabara em cima do Vasco de Romário e companhia, e a Taça Rio. “Infelizmente, apesar de termos conquistado as duas taças, fizemos uma final com o Fluminense e perdemos, sendo que os dois jogos foram no Maracanã. Não teve nenhuma partida aqui”, reclama.

O antigo estádio Godofredo Cruz, aliás, foi posto abaixo em 2014. O novo, que terá capacidade para 10 mil torcedores, deverá ficar pronto no início de 2018. “Mas se fecharmos uma boa parceria, poderemos aumentar a área da arquibancada e abrigar até 20 mil pessoas”, avisa Viana.

Um passado de glórias e conquistas
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Fundado em 1º de junho de 1914, o Americano passou a chamar a atenção a partir de 1922. Graças ao fato de ter em suas fileiras dois jogadores que foram convocados para a Seleção Brasileira da época — Soda e Mario Seixas. Em 1930, outro alvinegro campista entraria para o escrete canarinho. Na Copa do Mundo do Uruguai, Policarpo Ribeiro, mais conhecido como Poli, era uma das estrelas do Brasil.
Em 1975, o Americano disputou pela primeira vez o Campeonato Brasileiro. O melhor desempenho na elite nacional foi em 1978, com o 27º lugar, entre os 74 times participantes. Em 1986 foi vice-campeão da Série B. Em 1987, sagrou-se campeão do Módulo Azul, equivalente à Série B. Também ficou em quarto lugar em 1988, 1991 e 1994.