Felippe era feliz com o bar na Cantareira, até que veio a pandemia e lhe forçou a fechar as portas definitivamente; mas, enquanto uma porta se fechava, outra se abria - Divulgação
Felippe era feliz com o bar na Cantareira, até que veio a pandemia e lhe forçou a fechar as portas definitivamente; mas, enquanto uma porta se fechava, outra se abriaDivulgação
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - O ano de 2020 consolidou Felippe Maio como um dos empreendedores mais bem-sucedidos do eixo Niterói-São Gonçalo. O niteroiense de 35 anos, morador do bairro gonçalense do Boaçu, depois de trilhar uma trajetória próspera fora do país, trouxe sua invejável experiência de trabalho ao lado da Eventvibe, uma das maiores produtoras de eventos do sul da Califórnia, e abriu a gravadora Puff Records em São Gonçalo, dando oportunidade a vários talentos musicais da região. Em oito meses de existência, a Puff lançou artistas de expressão, publicou dois singles - um com os cantores Choice e Nego Drama, que alcançou 64 mil visualizações no YouTube - e abriu portas para os jovens da banda Otrec, com projeto nascido no Portão do Rosa
“O que eu mais quero é ir atrás de artistas com talento para divulgar e dar oportunidades. As pessoas com quem eu gostaria de trabalhar junto são aquelas que já estão nessa caminhada profissional sem que ninguém acreditasse no trabalho delas”, conta o produtor musical e empresário, que montou um estúdio completo, com equipamentos de qualidade, gravação de voz, produção de clipes e design gráfico. Mas, para conseguir o feito, vendeu o bar de sua propriedade na Cantareira, em Niterói. A decisão, segundo ele, foi apenas mais uma escada para a conquista do seu sonho. Mas, ainda no antigo estabelecimento, Felippe já abraçava bandas e cantores de expressão no cenário musical brasileiro e recebia propostas para que o bar fosse cenário de clipes. 
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Felippe Maio saiu de casa aos 18 anos para estudar Design Gráfico e Animação na Califórnia. Depois de formado, ele encontrou na música eletrônica uma forma de ganhar dinheiro longe do seu país de origem. A experiência deu certo: criou uma rede completa de contatos por nove anos, até que retornou para o Brasil devido à saudade da família. Em 2018, longe da produção de eventos por motivos pessoais, abriu o bar cuja trilha sonora ia do reggae ao forró. O rapaz foi feliz no empreendimento até a chegada da pandemia e o impacto econômico trazido com ela. No entanto, enquanto uma porta se fechava, outra se abria. "A gravadora chegou como um divisor de águas e desejo que se perpetue na cidade de São Gonçalo com possibilidade de germinar também em outros lugares", exclama.