Os rodoviários, que estão com os salários congelados há dois anos, decidiram, em assembleia no início do mês, entrar em estado de greve.Divulgação
Segundo o sindicato, os rodoviários, que estão com os salários congelados há dois anos, decidiram, em assembleia no início do mês, entrar em estado de greve e manter as reivindicações de reajuste salarial imediato de 10%; aumento de 20% nas demais cláusulas econômicas do contrato de trabalho; R$ 400,00 para o valor da cesta básica (hoje é R$ 280,00); comissão de 2% para os motoristas que acumulem a função com a de cobradores; e instalação de cofres nos pontos finais de maior circulação.
“Por enquanto, as empresas não avançaram nas negociações e vamos realizar essa assembleia para avaliar a campanha salarial e deliberar sobre os próximos passos de nossa mobilização. O certo é que os rodoviários não aguentam mais os salários congelados, diante de uma inflação que corrói a cada mês a qualidade de vida dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
Na avaliação da diretoria do Sintronac, as empresas podem conceder um percentual de reajuste maior, já que reduziram a frota em circulação em até 50% e cortaram, durante a pandemia, 30% do pessoal, algo em torno de 3,9 mil profissionais, mesmo participando do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). As companhias que aderiram ao benefício não podiam demitir trabalhadores, pois o BEm cobria boa parte dos salários daqueles que entravam em regime de redução de carga horária ou revezamento por escala.
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